Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Vaivém das Commodities

Importação de defensivos agrícolas aumenta 36% no ano

Maior evolução nas compras foi no setor de fungicida, com aumento de 60% no primeiro semestre

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As importações brasileiras de agrotóxicos subiram para US$ 1,11 bilhão no primeiro semestre deste ano, 36% mais do que de janeiro a junho do ano passado. Em volume, o aumento foi de foi de 24%.

A maior evolução em dólares ocorreu no setor de fungicidas, cujo crescimento foi de 60% neste ano, em relação ao anterior, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

O aumento ocorre devido ao avanço da ferrugem asiática da soja, o maior problema encontrado pelos produtores brasileiros no trato das lavouras.

A doença se espalha rapidamente por todo o país e os produtores aumentaram o número de pulverizações. Além disso, há uma perda de resistência dos fungicidas.

Na lista da Secex, os maiores gastos dos brasileiros com as importações de fungicidas ocorreram na França. Reino Unido, Alemanha, Índia e Colômbia também estiveram no topo da lista dos principais fornecedores para o Brasil.

Os custos anuais dos produtores com a ferrugem da soja superam US$ 2,8 bilhões (R$ 10 bilhões) por safra. O uso médio de fungicida, que foi de 1,5 aplicação na safra 2003/04, subiu para 3,4 no período 2017/18.

Os dados são do Consórcio Antiferrugem, que tem como estratégia a transferência de tecnologia para a ferrugem asiática da soja. O consórcio forma uma rede de ensaios para testes de fungicidas entre pesquisadores de todo o Brasil para gerar conhecimento e subsidiar pesquisas.

As importações de herbicidas cresceram 27% neste primeiro semestre. Estados Unidos e Índia foram os principias fornecedores. Já as compras de inseticidas subiram 32% no ano, somando US$ 519 milhões. China e Estados Unidos foram os maiores fornecedores.

Um dos participantes do setor de defensivos agrícolas afirma que esse salto nas importações neste ano se deve a uma reposição de estoques.

Para melhorar seus balanços, as indústrias elevaram o fornecimento de produtos para as distribuidoras nos últimos anos, deixando o mercado bastante abastecido. Dólar e juros externos favoreçam essas operações, segundo a fonte.

O Ministério da Agricultura liberou 211 novos defensivos agrícolas de janeiro a 24 de junho último, 9% mais do que em igual período do ano passado.
 

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