Após terem desabados na terça-feira (6), os preços dos produtos agrícolas tiveram uma correção nesta quarta no mercado de Chicago. Mesmo assim, eles mantêm uma tendência de ajuste para baixo.
Depois de um feriado prolongado no final de semana nos Estados Unidos, e com notícias de chuvas intensas exatamente nas regiões que mais precisavam, o mercado começou a semana com preços em queda.
No Brasil, a soja refletiu a tendência de Chicago, com queda na terça, mas recuperação na quarta (7). Os valores de comercialização foram incentivados pela alta do dólar, que subiu para R$ 5,24.
No porto de Paranaguá, a saca de soja foi a R$ 166, uma evolução de 4%, em relação aos valores do dia anterior. Apesar dessa correção, os preços voltaram apenas ao patamar do final da semana passada.
Em Cascavel (PR), mesmo com a alta desta quarta, que elevou a saca para R$ 160, o valor é inferior aos R$ 165 de há um mês.
A pesquisa é da AgRural, que mostrou, ainda, recuperação no preço da oleaginosa em Sorriso (MT). A saca foi a R$ 146, mas ainda inferior aos R$ 159 de há um mês.
O milho é um caso à parte, e a comercialização interna não segue Chicago. A saca esteve, nesta quarta-feira, a R$ 95, após ter recuado para R$ 83 antes da geada.
A seca e a geada voltaram a dar fôlego ao cereal, principalmente após a divulgação das novas perdas na produção, devido ao intenso frio em várias regiões produtoras, inclusive em Mato Grosso.
Milho Ministério da Agricultura divulgou nesta quarta-feira que a área total de milho sobe para 21,9 milhões de hectares em 2030/31, com alta de 2,1 milhões, em relação à atual.
Sem verão Já a safrinha irá a 20,2 milhões de hectares, com alta de 5,2 milhões, em relação ao espaço atual. Ou seja, a safra de verão seria reduzida a 1,8 milhão de hectares.
Soja A soja, que em geral é seguida pelo milho com o plantio da safrinha, terá uma expansão de 10,3 milhões de hectares, passando para 48,9 milhões em 2030/31.
Produção A safra 2030/31 deverá render 333 milhões de toneladas de grãos, 22% a mais do que o potencial que era esperado, em março, para esta safra. Com a quebra para 262 milhões de toneladas, a alta é estimada em 27%.
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