Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Para consultoria, safra de trigo supera 10 milhões de toneladas

A Stonex prevê 10,05 milhões, e Conab traz novos números nesta quinta-feira (6)

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São Paulo

Conforme as colheitadeiras vão avançando pelo campo, os números da produção de trigo vão ficando mais claros. A produção nacional deverá atingir 10,05 milhões de toneladas em 2022/23, com alta de 20,8% em relação à anterior.

Os números são da consultoria StoneX, que faz a quarta estimativa nacional de produção para para o cereal. Áreas maiores em alguns estados, produtividade melhor, chuvas regulares e ausência de efeitos climáticos mais severos em regiões produtoras levaram a esse volume recorde.

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Início do plantio de trigo no Paraná - Mauro Zafalon - 24.abr.22/Folhapress

Os dados da StoneX são mais otimistas até mesmo do que os de entidades estaduais responsáveis pelo trigo. O Deral (Departamento de Economia Rural) do Paraná acredita em uma redução de área de 4% no estado.

Já a consultoria prevê um aumento de 4,9% no estado, acreditando em uma área de 1,28 milhão de hectares para este ano.

Com isso, a produção dos paranaenses deverá chegar a 3,81 milhões de toneladas, superando em 11,7% a anterior.

Rio Grande do Sul lidera a produção nacional, podendo somar 4,95 milhões de toneladas, na avaliação da StoneX. Se concretizado, esse volume superaria em 25,7% o do período anterior.

A consultoria atribui também o aumento de produção deste ano a um melhor desempenho do trigo em vários estados fora da região Sul, tradicionalmente a principal produtora.

São Paulo é um dos exemplos. A área de trigo, esperada inicialmente em 88 mil hectares, deverá atingir 110 mil, o que eleva a produção do estado para 341 mil toneladas, na visão da consultoria.

A produtividade média brasileira é de 3,16 toneladas por hectare, mas Santa Catarina conseguiu 3,4 toneladas. Já a Bahia, com área pequena e com trigo irrigado, vai obter 6 toneladas por hectare.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que deverá trazer novos números para a safra de 2022 nesta quinta-feira (6), havia estimado, em setembro, uma área total de 3,03 milhões de hectares no país e uma produção de 9,36 milhões de toneladas.

A produtividade média nacional fica em 2,99 toneladas por hectare, segundo o órgão do Ministério da Agricultura.

Mesmo com uma produção recorde de 10,05 milhões de toneladas, o Brasil necessitará de importações de 6,21 milhões. Isso porque o consumo será de 13 milhões, e as exportações de 2,82 milhões.

O estoque restante para a próxima safra será de 1,43 milhão de toneladas, segundo a consultoria.

Sem trégua A gripe aviária se instalou nos Estados Unidos no início deste ano e está difícil o controle da doença pelos norte-americanos.

Sem trégua 2 Os focos já somam 484, atingindo 40 estados. Pelo menos 47 milhões de aves já foram afetadas, segundo dados do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Ritmo menor As importações de fertilizantes, após superarem 4 milhões de toneladas por mês de maio a julho, recuaram para 3,3 milhões no mês passado.

Ritmo menor 2 No acumulado até setembro, o país já importou 30,5 milhões de toneladas, volume próximo dos 29,1 milhões de igual período de 2021.

Ritmo menor 3 Os gastos com as importações, no entanto, já atingem US$ 20,7 bilhões, bem acima dos US$ 9,3 bilhões de janeiro a setembro de 2021, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Alimentos O GFI (The Good Food Institute) será um dos coanfitrões de um pavilhão inédito sobre sistemas alimentares na COP-27. Para o GFI, o evento representará um ponto de virada crítico para os sistemas alimentares.

Alimentos 2 Com a agricultura e os sistemas alimentares contribuindo com mais de um terço das emissões de gases de efeito estufa, há muitos desafios complexos a serem superados, mas também enormes oportunidades.

Alimentos 3 Transformar os sistemas alimentares globalmente poderá gerar US$ 4,5 trilhões anualmente em novas atividades econômicas, acreditam os dirigentes do GFI.

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