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Audiolivros tomam impulso no Brasil em meio a novos hábitos da pandemia

Plataformas relatam que faturamento aumentou, e 'Harry Potter' vai poder ser escutado a partir de dezembro

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Assim como aconteceu com os ebooks, a pandemia tem rendido frutos para o setor dos audiolivros, uma novidade ainda timidamente incorporada à rotina dos brasileiros.

Claudio Gandelman, diretor da Auti Books, fundada ano passado, diz que a empresa tem tido um crescimento de 15% a 20% ao mês, chegando a um aumento de quase 200% durante a pandemia. É bom sopesar, claro, que o mercado ainda é incipiente e partiu de números absolutos baixos.

Depois de um primeiro momento em que os consumidores prenderam a respiração, diz ele, “logo houve uma mudança de rotina e as pessoas começaram a ouvir livros limpando a casa, lavando louça”.

fone de ouvido e mãos
Mercado de audiolivros tem crescido, mas ainda é timidamente incorporado à rotina do brasileiro - Gabriel Cabral/Folhapress

“Todo mundo começou a procurar coisas novas para consumir na quarentena, para evitar um possível tédio”, avalia André Palme, gerente da Storytel no Brasil. A plataforma especializada em entretenimento em áudio não divulga dados locais, mas cresceu globalmente 23% de setembro de 2019 para 2020.

Palme aponta que o crescimento no Brasil tem sido sólido e que a maior aposta da empresa chega no começo de dezembro, com o primeiro audiolivro de “Harry Potter” em português. As obras seguintes da saga do bruxo vão sair, uma por mês, até junho.

capa de livro amarelo
Esta é a capa da edição dinamarquesa de 'A Obscena Senhora D', que acaba de sair; a escritora paulista tem contrato para ser lançada na Turquia, Rússia e Eslováquia - Divulgação

COMPRA-SE A Livraria Cultura anunciou um novo programa de recompra e revenda de livros. Segundo comunicado da empresa, o objetivo é ampliar o alcance do produto e torná-lo mais acessível. O Sebo Cultura, que começa a funcionar na segunda-feira, vai render ao leitor que vender sus exemplares crédito correspondente no programa +cultura.

É BOM LEMBRAR A Cultura comprou a plataforma Estante Virtual, que tinha um propósito semelhante de comercializar livros usados, no auge de sua estratégia de expansão, em 2017. Enrolada em um processo de recuperação judicial, em janeiro deste ano, revendeu o site ao Magazine Luiza.

​​DE CASA NOVA São Paulo vai ganhar, no começo de dezembro, a sua primeira filial da rede de livrarias paranaense A Página. Localizada no shopping SP Market, vai ficar no ponto exato onde uma loja da Saraiva fechou recentemente —e não é a única a fazer isso.

VENTO SUL O proprietário, Gilmar Cosmo Junior, conta que a empresa está engatando um processo de expansão, acelerado pela estrutura da distribuidora da marca, que existe desde a década de 1990. A livraria surgiu apenas cinco anos atrás e já tem nove lojas entre Paraná, Santa Catarina e, em breve, São Paulo.

LÁGRIMAS DE PORTUGAL Chega por aqui em dezembro, pela Biblioteca Azul, um novo livro do português Valter Hugo Mãe, considerado seu mais pessoal até aqui. Em “Contra Mim”, o escritor aborda suas memórias de infância e adolescência, trazendo como pano de fundo acontecimentos da história recente de Portugal e a influência da cultura brasileira sobre o país.

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