Descrição de chapéu febre amarela saúde

Vacinação contra febre amarela vai às casas na zona norte de SP 

Estado já contabiliza 163 casos da doença, sendo que 61 evoluíram a óbito

Homem com camisa amarela em pé e de costas, parado ao lado da calçada, enquanto recebe vacina por enfermeira vestida com jaleco ao seu lado
Agente de saúde vacina morador da zona norte de São Paulo em ação de imunização - Paulo Whitaker/ Reuters
Regiane Soares
São Paulo | Agora

Agentes de saúde da gestão João Doria (PSDB) vacinaram nesta sexta-feira (2) contra a febre amarela moradores da zona norte de São Paulo que ainda não tinham sido imunizados na primeira fase da campanha de vacinação. A área é considerada de alto risco para a doença.

 
Segundo a prefeitura, na região do Jaçanã/Tremembé, os agentes visitaram 431 casas e aplicaram 47 doses –foram distribuídas 12 senhas para atendimento posterior. Nas imediações do parque de Taipas, região de Pirituba, foram visitadas 2.000 casas e aplicadas 355 doses.
 
Outros 300 domicílios foram visitados na Favela da Onça e Monte Alegre do Sul, em Taipas, com aplicação de 230 doses. Um posto volante de vacinação montado em uma igreja do Jardim Antártica, na Casa Verde, imunizou 300 pessoas.

Segundo a gestão Doria, a cobertura vacinal da população da zona norte é estimada em 58%. Por isso, os agentes de saúde também estão indo às casas de pessoas para saber quem tomou a vacina. A partir deste levantamento, a prefeitura pretende definir uma nova estratégia.

Com a nova ação na zona norte, a prefeitura deixou de oferecer a vacina nos postos da região. Agora, somente duas unidades oferecem a dose fracionada, mas apenas para quem for viajar para área de risco dentro do Brasil: a UBS Vila Palmeiras, na Freguesia do Ó, e o Ambulatório de Especialidades Armando de Aguiar Pupo, em Santana.

BALANÇO

O número de casos de febre amarela voltou a aumentar nesta semana, segundo balanço divulgado nesta sexta pela Secretaria Estadual de São Paulo. O número, que era de 134, saltou para 163, o que corresponde a uma alta de 21,6% –na semana anterior, o crescimento tinha sido de 44,5%

O número de óbitos em decorrência da doença foi de 52 para 61. A cidade de Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo, ainda é que acumula maior número de mortes, com 28, seguida por Atibaia (12) e Amparo (3). Juntas, as três respondem por três quartos dos casos de febre amarela no Estado. 

As outras cidades paulistas com registro da doença são: Águas da Prata, Américo Brasiliense, Arujá, Batatais, Bragança Paulista, Caieiras, Campinas, Cotia, Itapira, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itatiba, Itapecerica da Serra, Jarinu, Jundiaí, Mococa, Cássia dos Coqueiros, Monte Alegre do Sul, Nazaré Paulista, Piedade, Santa Cruz do Rio Pardo, Santa Lucia, São João da Boa Vista e Tuiuti. 

Para ampliar a imunização, o Estado faz neste sábado o primeiro "dia D" da campanha emergencial iniciada no último dia 25. Com isso, cerca de 900 postos estarão abertos e aplicando a vacina fracionada contra a doença. Na quarta (31), a capital paulista já tinha realizado um outro "dia D". 

Fracionar a vacina foi a estratégia adotada pelo Ministério da Saúde para conseguir imunizar um maior número de pessoas. Com 0,1 ml, a dose fracionada tem o mesmo efeito que a padrão (0,5 ml), embora seu tempo de cobertura seja menor. Quem for vacina com ela deve tomar nova dose em ao menos oito anos.

Apesar da eficácia da dose fracionada, alguns grupos ainda estão recebendo a normal devido à falta de estudos sobre o efeito da dose menor neles. É o caso de crianças de 9 meses a 2 anos incompletos, grávidas, pessoas que terminaram tratamento de quimioterapia ou com corticoides em doses elevadas.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.