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Casos de febre amarela chegam a 326 em SP; mutirão vacina só 54,2% 

Em uma semana, casos crescem 14%, assim como mortes, que já somam 116

Agente de saúde aplica vacina contra febre amarela na UBS Paraventi, em Guarulhos
Agente de saúde aplica vacina contra febre amarela na UBS Paraventi, em Guarulhos - Fabio Nunes Teixeira -21.fev.2018/Prefeitura de Guarulhos/Divulgação
São Paulo

Os casos de febre amarela no estado de São Paulo já chegam a 326 desde o ano passado, sendo que 116 levaram a óbito, segundo balanço da Secretaria Estadual de Saúde, divulgado nesta sexta-feira (9). Os dois números correspondem a um aumento de quase 14% em relação aos dados da semana passada. 

Ao todo, 45 cidades paulistas já registraram casos da doença no período, sendo que apenas duas são responsáveis por quase 60% dos casos. Mairiporã lidera, com 141 casos e 39 mortes, seguida por Atibaia, com 52 casos e 14 mortes. A capital paulista contabiliza oito registros da doença, tendo quatro deles evoluído a óbito. 

Já a campanha emergencial de vacinação, iniciada em 25 de janeiro, evoluiu pouco desde a última semana e imunizou apenas 54,2% do público-alvo. O mutirão já foi prorrogado duas vezes e deve ser encerrado na próxima sexta (16). As regiões com menor cobertura são a Baixada Santista (41,9%) e o Grande ABC (46,3%). 

A capital paulista, que tem 25 distritos na campanha, teve até agora cobertura de 67,5%. Alguns postos chegaram a mudar de estratégia para atrair a população, usando postos móveis de vacinação, cartazes e até megafones para chamar os moradores

O Ministério da Saúde apontou a desconfiança dos profissionais de saúde como uma das possíveis causas para a baixa adesão à campanha emergencial que acontece em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia com a vacina fracionada –cuja dose representa um quinto da dose integral.

Para a pasta, há desconhecimento dos médicos sobre o fracionamento e, por isso, será feita uma campanha com envio de carta a médicos do país para informar sobre a eficácia e duração da dose menor da vacina. No país, os casos da doença chegam a 846 desde julho de 2017 e as mortes somam 260

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