Banners, fotos e a capa da Playboy que estampou nos anos 1980 estavam pregados nas paredes de Cátia Pedrosa. Gostava de recordar o tempo em que aparecia em revistas e programas de televisão.

Nascida no Rio de Janeiro e filha de uma miss Guanabara, Cátia sempre foi vaidosa, preocupada com a aparência, mas não planejou uma carreira artística —acabou descoberta por um olheiro antes, ainda na adolescência. 

Apesar da pouca pretensão, logo ganhou seu primeiro concurso, o de Mais Bela Estudante. A partir daí vieram agências, sessões de foto e vários outros títulos: de miss Madureira, miss Rio de Janeiro e miss Mundo Brasil. 

Com isso, virou capa da Playboy, rainha do Carnaval e participou de programas como A Praça É Nossa e Clube dos Artistas, ambos no SBT.  

A jovem sorridente, que adorava festas e viagens, se afastou dos holofotes no fim dos anos 1990 para se dedicar ao trabalho de locução e à faculdade de direito. Alguns anos depois, no entanto, acabou desenvolvendo uma depressão, sentia falta da fama.

Cátia contou que teve pensamentos suicidas e problemas de saúde em entrevistas, mas melhorou com o tempo. 

Nos últimos anos, voltou para perto da família, em Marechal Hermes, onde ainda era reconhecida nas ruas como a miss do bairro carioca. Gostava de cozinhar, escrever poemas e preparava um livro sobre sua vida —sem revelar muito, já que era segredo. 

Morreu dia 19, aos 55, após problemas pulmonares. Deixa o namorado, André, dois filhos, dois netos, pai, irmãos, sobrinhos e quatro cachorros que ela chamava de filhos. 

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