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Justiça do Rio manda prender viúva de ganhador da Mega-Sena

Ex-cabeleireira foi condenada a 20 anos de prisão em segunda instância

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A viúva da Mega-Sena saindo da academia em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro
A viúva da Mega-Sena saindo da academia em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro - Leticia Moreira - 15.dez.2011/ Folhapress
São Paulo

A Justiça do Rio determinou, nesta terça-feira (10), a prisão da ex-cabeleireira Adriana Ferreira Almeida Nascimento, condenada a 20 anos de detenção por mandar matar o marido, Renné Senna, 54, que ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena em 2005. O crime ocorreu em 2007. 

Na decisão, o magistrado Pedro Amorim Gotlib Pilderwasser, da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito, recorda que, no entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal), a pena de prisão pode começar a ser cumprida após condenação em segunda instância, mesmo que ainda caiba recurso especial ou extraordinário ao caso. 

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, no caso de Nascimento, que ficou conhecida como a Viúva da Mega-Sena, o recurso que pedia a realização de um novo júri não foi aceito pela 2ª Vara de Rio Bonito e essa decisão foi mantida pela 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, esgotando a discussão em segunda instância. 

“Pelo exposto, respeitado o duplo grau de jurisdição e definida autoria e materialidade do delito, não há razão para que seja postergada a execução da pena, em especial no caso em análise que tem por objeto crime praticado há mais de uma década”, afirmou a decisão do juiz. 

Em fevereiro, a Justiça anulou o testamento da vítima, que deixava metade de seus bens para a sua única filha e os outros 50% para a viúva. A decisão aceitou recurso dos familiares do milionário e apontou que Nascimento “não estava legitimada a receber a herança em razão de ter sido condenada criminalmente pela morte dolosa de Renné”. 

Adriana Ferreira de Almeida com Rennê Senna, que ganhador de R$ 52 milhões na Mega-Sena em 2005
Adriana Ferreira de Almeida com Rennê Senna, que ganhador de R$ 52 milhões na Mega-Sena em 2005 - Reprodução

MORTE

Senna foi morto em janeiro 2007, dois anos após ganhar o prêmio de R$ 52 milhões na Mega-Sena. A viúva teria se aliado a uma amiga e a quatro ex-seguranças do milionário para cometer o crime.

Deficiente físico, Senna teve as duas pernas amputadas por causa da diabetes. O ex-lavrador foi morto com quatro tiros na cabeça em um bar em Rio Bonito (RJ).

Em 2016, Adriana foi condenada a 20 anos de prisão como mandante do crime, mas recorria da decisão em liberdade.

O ex-PM Anderson Sousa e o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira, acusados de serem os autores dos disparos, foram condenados, em julho de 2009, a 18 anos de prisão pelo crime. A outra ré no processo, amiga de Adriana, foi absolvida.

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