Fuzis apreendidos no Galeão são doados para a Polícia Civil do Rio

Doação fez parte das medidas emergenciais da intervenção no estado

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Fuzis apreendidos em 2017 no aeroporto Galeão, no Rio
Fuzis apreendidos em 2017 no aeroporto Galeão, no Rio - Reprodução
Rio de Janeiro

O Gabinete de Intervenção Federal do Rio de Janeiro entregou nesta quinta (28) para a Polícia Civil do estado 60 fuzis apreendidos em junho do ano passado, no Aeroporto Internacional do Galeão. 

A doação faz parte das medidas emergenciais da intervenção e foi autorizada pelo Exército, em parecer favorável em um processo na 8ª Vara Federal Criminal.

Segundo o gabinete, todos os fuzis passaram por testes para assegurar seu funcionamento e segurança e estão em "perfeitas condições". As armas, apreendidas pela Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos), incluem 15 unidades do modelo AR-10 e 45 do modelo AK-47.

Em dez anos, o Rio teve 2.545 fuzis apreendidos. A apreensão desses fuzis em 2017, no entanto, foi considerada a maior do gênero no período. A carga foi avaliada em R$ 4,8 milhões, e quatro suspeitos de envolvimento do contrabando de armas foram presos.

Apesar de 2017 ter sido um ano atípico, com um número superior de apreensões, a média após o início da intervenção no Rio mostra que a atividade não impactou essa atividade, que se aproxima de médias de anos anteriores. 

Números do Instituto de Segurança Pública, ligado ao governo do Rio, mostram que a apreensão de fuzis, submetralhadoras e metralhadoras caiu nos três meses completos após a ação federal.

De março a maio foram retiradas de circulação 92 armas desse calibre no estado. No ano passado foram 145 no mesmo período.

Reduzir a quantidade de traficantes circulando armados pelas favelas é um dos objetivos a curto prazo da intervenção federal na segurança do Rio, segundo afirmou o interventor e general Walter Braga Netto em um evento no mês de junho. “Temos que diminuir aquela ostensividade que estava existindo no Rio”, afirmou ele na ocasião.

Os fuzis —que são de uso restrito das forças de segurança e chegam a custar R$ 50 mil no mercado clandestino— são considerados um dos pesadelos no estado.

Eles representavam 3,3% de todas as armas apreendidas no Rio em 2014, o que é bastante alto. Para se ter uma ideia, em São Paulo a taxa era de 0,8%, segundo o levantamento mais recente disponível, do Instituto Sou da Paz.

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