Descrição de chapéu Obituário Eduardo Henrique de Moura (1978 - 2018)

Mortes: Pastor, visitou países levando livros para pessoas carentes

Sua última parada foi em Moçambique, na África, onde contraiu malária

Eduardo Henrique de Moura cercado de crianças durante viagem a Moçambique, na África
Eduardo Henrique de Moura cercado de crianças durante viagem a Moçambique, na África - Arquivo Pessoal
Fernanda Pereira Neves
São Paulo

Mochila nas costas, um bocado de livros sob os braços e lá ia Eduardo Henrique de Moura em sua missão pelo mundo. Chile, Portugal e Moçambique são alguns dos vários destinos que já seguiu. 

Pastor na cidade paulista de Sorocaba, ele começou sua peregrinação ainda no Brasil, com doações e aulas de religião pelo Tocantins. Mas foi na Bolívia, há dez anos, que decidiu dar passos mais largos. 

“Ele viu a pobreza”, resume a esposa, Meire, ao explicar a mudança dos destinos que o marido passou a seguir, de forma esporádica, sozinho, levando os livros arrecadados pelos membros de sua igreja. 

As viagens, que começaram na América do Sul, por países vizinhos, foram ficando cada vez mais distantes e as comunidades visitadas cada vez mais carentes, conta Meire. 

Mais velho de quatro irmãos, ele mesmo recordava sua origem humilde em Votorantim, no interior de SP, onde ainda menino vendia verduras pelas ruas e ajudava o avô como pintor de casas. 

Levou toda a habilidade adquirida com os pincéis para a vida adulta e para a cidade de Sorocaba, também no interior paulista, onde foi morar após se casar, no fim dos anos 1990. Assim, continuou pintando até recentemente. 

O mesmo ocorreu com a devoção religiosa, que encontrou ainda jovem. Com o passar dos anos, tornou-se pastor do Ministério de Missões Atos e iniciou suas peregrinações. 

Sua última parada foi em Moçambique, na África, de onde retornou no dia 2, com histórias e fotos, mas também com um resfriado insistente. 

Passou por hospitais, diagnósticos errados e pouco auxílio dos médicos até ter a confirmação da malária. Morreu dia 17, aos 40, devido à doença. Deixa a mulher, a mãe, três irmãos e os quatro filhos. 

coluna.obituário@grupofolha.com.br


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