Descrição de chapéu Obituário Egon José Schramm (1951 - 2018)

Mortes: Pesquisador, empenhou a vida ao ensino superior

Egon José Schramm foi reitor da Universidade Regional de Blumenau

Ricardo Hiar
São Paulo

Egon José Schramm nunca escondeu o grande amor que tinha pela vida acadêmica nem quanto acreditava na transformação advinda do conhecimento.

Empenhado, o profissional iniciou sua carreira como professor de biologia na Furb (Universidade Regional de Blumenau), de onde só saiu mais de 30 anos depois, acumulando no currículo não apenas a função docente. Ele também foi coordenador, diretor, vice-reitor e reitor.

O pesquisador Egon José Schramm (1951-2018)
O pesquisador Egon José Schramm (1951-2018) - Arquivo pessoal

Apesar de não ter parado de trabalhar mesmo depois de aposentado, ele dizia ter a sensação de dever cumprido. Como legado, deixou como destaque a importância de se investir em cultura e em pesquisa no ensino superior.

Egon nasceu e cresceu na cidade de Gaspar (SC), vizinha a Blumenau. Saiu de lá no início da juventude, em busca de realizar o sonho de cursar biologia no Rio Grande do Sul. Filho de um agricultor, foi pioneiro na família ao ingressar na área da educação.

O estado gaúcho representou grandes mudanças para Egon, que, além da graduação, ainda concluiu a especialização e o mestrado em genética. Foi nessa época que ele conheceu Marilena, também professora, com quem se casou em 1980.

Apesar dos bons resultados no RS, ele optou por voltar às origens e dedicar-se como profissional na região onde nasceu. O gosto pela administração universitária surgiu pouco tempo após iniciar as experiências em sala de aula. Muito engajado, ainda atuou como presidente da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe) e do Conselho Estadual de Educação.

As múltiplas funções exigiam bastante tempo, mas isso não fez com que Egon deixasse a família em segundo plano. O professor sempre foi um marido e pai amoroso.

Além de curtir a família no tempo livre, ele gostava muito de música e de carros antigos. Sempre que podia passava horas cuidando do fusca 68 que herdou do pai e que mostrava com orgulho em exposições de carros antigos.

Já o gosto pela música fez com que ele criasse, em sua gestão como reitor, a Orquestra da Furb, que virou tradição na cidade.
No último dia 30, uma semana antes de completar 67 anos, Egon morreu, vítima de um câncer. Deixa a mulher, dois filhos e um neto.



coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missas​​​​​​​ 

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.