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Em reta final, campanha ainda precisa vacinar 30% das crianças de SP

Imunização contra poliomielite e sarampo entra na última semana

São Paulo | Agora

A capital entra na última semana da campanha de vacinação contra poliomielite e sarampo precisando ainda imunizar cerca de 350 mil crianças ou 30% do público-alvo na cidade.

A campanha termina na próxima sexta (31) e a meta é vacinar cerca de 1,1 milhão de crianças entre 1 ano e 5 anos. Cerca de 65% delas foram vacinadas até às 13h de sábado (25).

A Secretaria Municipal de Saúde, sob gestão Bruno Covas (PSDB), enviou no sábado (25), pela primeira vez, agentes de saúde às casas com crianças que não haviam tomado vacina. 

Balanço da pasta apontou que até as 13h cerca de 22,5 mil crianças foram vacinadas. Ao todo 465 Unidades Básicas de Saúde, com exceção do no centro, foram abertas. O número de vacinação é semelhante ao de sábado passado, quando havia ocorrido outro Dia D.

Paulina Santos Caetano levou a filha Rihanna Caetano Ribeiro ao posto depois de ter recebido os agentes em casa no Tremembé (zona norte). Ela disse que não havia levado a criança antes por falta de tempo.

A auxiliar de produção Mércia Costa da Silva, 22 anos, foi abordada em frente de casa, também no Tremembé, e mostrou a carteirinha vacinação do filho de três anos em dia. 

As crianças devem receber as vacinas contra pólio e sarampo mesmo que a carteirinha esteja em dia. Basta levar um documento a um posto de saúde.

Abaixo, veja perguntas e respostas sobre sarampo, poliomielite e a campanha de vacinação.

 

Quem deve ser vacinado durante a campanha? Crianças com idade a partir de 1 ano e menor que 5 anos, ainda que já tenham sido vacinadas contra sarampo e poliomielite 

Até quando vai a campanha? Até 31 de agosto

Que vacinas são oferecidas? As crianças que nunca tomaram nenhuma dose da vacina contra poliomielite receberão a vacina injetável; as que já tiverem tomado uma ou mais doses receberão a vacina oral. Quanto ao sarampo, todas receberão uma dose da tríplice viral, que protege também contra caxumba e rubéola, exceto as que tomaram essa vacina há menos de 30 dias

O que é o sarampo? É uma doença infecciosa, causada por um vírus. É grave e extremamente contagiosa. Suas complicações são maiores em crianças menores de um ano de idade e desnutridas

Quais são os sintomas? Manchas avermelhadas na pele, manchas brancas na parte de dentro das bochechas, febre alta, tosse, coriza e conjuntivite

Como ela é transmitida?  Pelo contato direto com a secreção do doente e pelo ar

Como me prevenir contra a doença? Tomando a vacina. Bebês devem receber, aos 12 meses, uma dose da tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) e, aos 15 meses, uma dose da tetra viral (que também protege contra catapora). Quem não tomou a vacina na infância deve tomá-la depois: duas doses da tríplice viral se tiver até 29 anos e uma dose se tiver de 30 a 49 anos. Na campanha atual, contudo, o Ministério da Saúde está convocando todas as crianças com mais de um ano e menos que cinco, independentemente da situação vacinal

Adultos podem ser vacinados? Adultos não são o foco da campanha atual, que é específica para crianças, mas eles podem ser vacinados normalmente nos postos de saúde, a depender da situação vacinal

O bebê pode tomar a vacina tetra viral junto com outras? Sim, exceto com a de febre amarela

Quem não deve tomar a vacina? Gestantes, bebês com menos de seis meses, pessoas com suspeita de sarampo e imunocomprometidos. Quem já teve a doença também não precisa se imunizar

Quanto tempo a vacina leva para fazer efeito? De duas a três semanas

Não me lembro se fui vacinado, o que devo fazer?  Se tiver até 49 anos de idade, tome a vacina. A partir dessa idade, a imunização deve ser avaliada caso a caso

E a poliomielite? Também chamada de paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa grave e caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito e evolução rápida. Acomete principalmente os membros inferiores. Está erradicada em quase todo o mundo e não há casos no Brasil há 20 anos. Contudo, houve registro do vírus em mais de 20 países nos últimos anos

Fontes: Ministério da Saúde, Secretaria de Saúde do RJ e infectologista Renato Kfouri

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