Um laudo da Polícia Civil indica que duas charretes flagradas realizando um racha, em 29 de setembro no km 65 da rodovia Raposo Tavares, região de Mairinque (71km de SP), trafegavam a cerca de 50 km/h.
Essa velocidade é a máxima permitida, por exemplo, nos corredores de ônibus da capital. O resultado do laudo foi confirmado ontem pela SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão Márcio França (PSB).
Na ocasião, dois homens foram indiciados por maus-tratos a animais e “periclitação da vida”. Eles podem pegar até três anos de prisão pelos maus-tratos, e por expor a vida ou a saúde de outras pessoas a perigo. A dupla também está sujeita a multas por crimes ambientais.
Um vídeo, feito com celular, mostra os suspeitos realizando uma corrida, durante a qual um dos animais cai na pista, ficando ferido. É possível observar ainda, segundos antes da queda, faíscas saírem do atrito da ferradura do animal com o asfalto.
Os homens eram seguidos por um carro, que filmou a ação, e uma moto. A polícia tenta identificá-los. O cavalo ferido também não foi localizado, e registros similares de rachas passaram a ser divulgados após a repercussão deste caso.
A delegada Fernanda Ueda, de Mairinque, disse na época do flagrante que, apesar de um dos homens ter afirmado que estava apenas passeando com o cavalo, a charrete que conduzia era adaptada para disputa de rachas. “É uma prática deles. Eles chamam essa charrete de ‘aranha’ e são feitas para corridas”, afirmou.
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