A origem simples na cidade de Guariba, no interior de São Paulo, nunca impediu Nivaldo Mazzi de sonhar alto e ter objetivos. Ao contrário, o ajudou a manter a empatia pelas pessoas, principalmente quando já estava numa situação mais confortável. De trabalhador da indústria a empresário, ele entendia as dificuldades e os desafios.
Segundo os familiares, o empenho e a coragem o ajudaram a vencer. O profissional, que começou a trabalhar aos 12 anos como auxiliar geral, deixou 20 anos de carreira e a ascensão que havia conquistado para se aventurar como comerciante em 1991. O projeto deu certo e prosperou.
Para Tânia Mazzi, a generosidade do marido também foi essencial nesse processo.
Certa vez uma pessoa que queria comprar uma boneca para a filha e não tinha dinheiro falou com Nivaldo para abrir um crediário. "Em vez de dar o crédito, ele deu a boneca de presente", diz Tânia.
No tempo em que atuou na indústria, Mazzi viveu grandes aventuras. Numa delas, ocorrida pouco tempo após tirar a carteira de habilitação, percorreu sozinho o Brasil inteiro a bordo de um fusca. Desde então, pegou gosto por viajar.
Ao lado da mulher, com quem casou em 1983, dividiu todos os planos. Tânia também deixou a carreira de professora para dedicar-se aos negócios da família. Da relação iniciada em 1977 no baile do Guaribinha, eles ganharam o mundo: viajaram por inúmeros países, entre eles China, Japão, Estados Unidos e Vietnã.
O Egito foi o último roteiro, feito em 2018. "Nossos sonhos batiam e a gente lutou muito juntos", afirma ela.
Engajado na política, Nivaldo era vice-prefeito de Guariba, mas não pôde concluir o mandato. Morreu no dia 25 de outubro, aos 59 anos, após lutar contra um câncer. Deixa a mulher, três filhos e três netos.
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