Sede de um dos principais acervos de arte contemporânea do país, o Instituto Inhotim foi evacuado após o rompimento de uma barragem na cidade de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Em uma rede social, o instituto –cuja sede fica em Brumadinho-- informou que, por questões de segurança, está retirando visitantes e funcionários do local.
“Aguardamos informações oficiais sobre o rompimento da barragem em Brumadinho. Por questão de segurança, estamos esvaziando o instituto”.
O Instituto afirmou que não abrirá no fim de semana. "Em solidariedade ao município e a todos os atingidos, o Inhotim não abrirá neste sábado e domingo (26 e 27/01/2019). Aguardamos mais informações para definir a data de reabertura."
Rompimento
Uma barragem da mineradora Vale, que fazem parte de um mesmo complexo de mineração, se rompeu na manhã desta sexta-feira (25) e outras duas transbordaram.
O rompimento foi na região do córrego do Feijão, na altura do km 50 da rodovia MG-040. A barragem tinham volume de 12,3 milhões de m³ de rejeito de mineração. A de Mariana, que se rompeu há três anos, tinha 50 milhões de m³ de rejeitos.
Os rejeitos atingiram a bacia do rio Paraopeba. Moradores de cidades por onde passa o rio, como Betim, estão sendo orientados a deixar suas casas.
Segundo a empresária mineira Natália Farina, 30, a região atingida tem em torno de 1.000 moradores. Ela, que estava trabalhando no centro de Brumadinho no momento do incidente, disse que não houve alerta antes do rompimento, e que a lama continua descendo, enquanto a população busca abrigo em partes altas da cidade.
Ainda não há informações sobre a dimensão do acidente, nem sobre mortos e feridos. Sete vítimas foram socorridas. Fotos enviadas por moradores da região aos Bombeiros mostram uma grande quantidade de lama atingindo casas.
Em nota, a Vale afirmou que o rompimento de uma barragem na Mina Feijão na manhã desta sexta-feira fez com que os rejeitos atingissem a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco.
A Vale também informou que acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens.
Segundo o governo de Minas Gerais, uma força-tarefa do estado já está no local do rompimento, para acompanhar e tomar as primeiras medidas
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