O Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou nesta segunda-feira (27) que vai enviar uma força-tarefa de intervenção penitenciária para o presídio Anísio Jobim, em Manaus, onde 15 homens foram mortos durante um motim no último domingo (26).
Em nota, a pasta comandada por Sergio Moro informou que o efetivo foi solicitado pelo governo do Amazonas, chefiado por Wilson Lima (PSC).
"O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) aguarda a formalização do pedido mas já está tomando as providências para o deslocamento da equipe", diz o ministério, em nota.
Criada em 2017, a força-tarefa de intervenção penitenciária é formada por agentes federais de execução penal.
De acordo com a pasta, a força apoia os governos estaduais "em situações extraordinárias de crise no sistema penitenciário para controlar distúrbios e resolver outros problemas."
Na mesma nota, o ministério comunicou que a Força Nacional de Segurança Pública faz a segurança externa do complexo desde 2017 e que a corporação continuará atuando no local.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Amazonas, os detentos morreram durante uma "briga interna" ocorrida no regime fechado do presídio.
Segundo a secretaria, os presos morreram asfixiados ou golpeados com "estoques", armas brancas artesanais improvisadas, no caso, com escovas dente.
Os nomes das vítimas não foram divulgados. O mesmo complexo foi palco de uma das maiores chacinas ocorridas em presídios brasileiros: em janeiro de 2017, uma briga entre facções rivais, seguida de um motim que durou 17 horas, deixou 59 mortos.
Neste domingo (26), segundo a secretaria de Segurança Pública estadual, o motim começou durante o horário de visita de familiares e foi motivado por conflitos entre diferentes organizações criminosas.
No dia seguinte, mais detentos foram encontrados mortos em outras três unidades prisionais da capital amazonense, todos por enforcamento.
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