Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Creche próxima do Badim virou hospital de campanha após incêndio no Rio

Moradores dos prédios vizinhos abriram as garagens para acomodar mais pacientes longe da fumaça

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Rio de Janeiro

Uma creche nas proximidades da rua São Francisco Xavier, na Tijuca, Zona Norte do rio, funciona das 6h40 às 19h. Da noite desta quinta-feira (12) até a tarde desta sexta (13), porém, o expediente não terminou.

O incêndio no hospital Badim, que deixou dez mortos, transformou a creche em um hospital de campanha, nas palavras de seu dono. “Havia 50 pacientes e cerca de 400 pessoas aqui”, diz Darci Martins, 40.

Situada na rua Artur Menezes, a creche fica de frente para a lateral do hospital, especificamente para a escada de acesso ao CTI.

Darci afirma que viu fumaça por conta das 17h30 de quinta (12). Perguntou a um segurança do hospital o que estava acontecendo e soube que um gerador havia explodido, mas sem alarde.

Morador da rua, viu que a fumaça aumentava e pediu para que a filha mais velha fosse se abrigar na creche. Às 18h30, recebeu a ligação de uma amiga médica, que coordena o CTI do Badim, pedindo que abrisse a creche para receber os pacientes evacuados do hospital.

Com oito crianças ainda na creche, os donos avisaram os pais e receberam os mais de 50 pacientes, acompanhantes e agentes de saúde e segurança. Em seguida, os pacientes foram transferidos a unidades de saúde na cidade, trabalho que foi encerrado às 23h.

Mas o expediente continuou. Por volta de 7h desta sexta, uma equipe de 30 funcionários do hospital foi enviada para fazer uma limpeza na creche, que recebeu, além das pessoas, macas e todo tipo de equipamento para a manutenção dos pacientes.

“Aqui na frente, no pátio, nas salas. Onde tinha espaço a gente tava colocando gente”, diz Darci.

Moradores dos prédios vizinhos abriram as garagens para acomodar mais pacientes longe da fumaça e ofereceram água, conta o empresário.

“A gente fez o que tinha que fazer. Até agora não vi reportagem, fala minha, nada. Mas tenho mais de 800 mensagens de Whatsapp para responder. Agora, pela primeira vez, sentei para ler algo que saiu a meu respeito e da minha esposa”, afirma, para na sequência desejar que todos se recuperem do baque.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.