Chuvas provocam desabamentos na Grande São Paulo

Houve ao menos 22 desabamentos e 21 quedas de árvores, segundo o Corpo de Bombeiros

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O Corpo de Bombeiros de São Paulo registrou 22 ocorrências de desabamentos devido às fortes chuvas que caem na região metropolitana na capital desde a tarde desta quinta-feira (2).

Só uma dessas ocorrência deixou feridos, em Santa Isabel, na Grande São Paulo. Uma casa desabou na rodovia Prefeito Joaquim Simão, e uma menina de 13 anos foi retirada dos escombros, com escoriações.

Em Barueri, também na Grande SP, um muro caiu sobre uma residência na rua Marcos Marcondes, onde estavam três pessoas, que foram resgatadas pelos bombeiros sem ferimentos.

As outras ocorrências foram nas cidades de Francisco Morato, Arujá, Guarulhos e Guararema, todas sem feridos.

Os bombeiros foram acionados ainda para 81 casos de enchentes e 21 quedas de árvores.

Escombros de desabamento
Escombros de desabamento de casa em Santa Isabel (SP), onde bombeiros resgataram uma adolescente - Corpo de Bombeiros/Divulgação

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) disparou alerta de tempestades, com previsão de ventos intensos (de 60 a 100 quilômetros por hora), queda de granizo, risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações e quedas de árvores e de alagamentos.

O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Prefeitura de São Paulo colocou a cidade toda em estado de atenção para alagamentos até as 20h40. Até esse horário, choveu 34,4 milímetros na capital, com índices mais altos nas zonas sul e norte.

A tendência é que, nesta sexta-feira (3), as tempestades deem uma trégua, mas ainda há condições para chuvas pela manhã, segundo o CGE. A temperatura deve diminuir, com mínima de 19°C e máxima de 24°C.

O sábado (4) deve ter manhã com sol entre nuvens e temperatura em elevação, com possibilidade de chuva forte à tarde. Os termômetros variam entre 18°C e 26°C.

Conforme a Folha mostrou em dezembro, a cidade de São Paulo não tem o Plano Municipal de Redução de Riscos exigido no Plano Diretor Estratégico desde 2014, com análise, caracterização e dimensionamento tanto das áreas de risco de inundação, deslizamento e solapamento quanto das famílias que vivem nessas regiões.

De acordo com a lei, esse plano deve definir ações e intervenções necessárias para fazer obras estruturais e adotar medidas de segurança e proteção, com fixação de prioridades, prazos e estimativas de custos e recursos necessários.

O documento que deveria ser elaborado pela prefeitura precisa também definir estratégias para realocar os moradores dessas áreas de risco, quando necessário, de acordo com critérios técnicos objetivos.

O último mapeamento de risco geológico na cidade foi feito pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) há uma década, entre 2009 e 2010. O estudo identificou, à época, 407 áreas de risco, sendo que 29 mil famílias viviam em regiões de risco alto ou muito alto.

A prefeitura diz que a Defesa Civil vem desde 2015 atualizando esse mapeamento e que identificou outras 63 áreas de risco na capital.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.