Devido a um acidente de trabalho, a técnica de banco de sangue Silvana Antunes Neves contraiu hepatite. Com o tempo, a doença agravou e cada dia passou a representar uma batalha vencida.
“Ela era muito forte. Foi muitas vezes desenganada e superou todas elas, além dos obstáculos, até porque também sofria de diabetes e de depressão”, explica a filha, a professora de pilates Danielle Antunes Ribeiro, 38.
Silvana nasceu em Marília (a 435 km de São Paulo), mas cresceu em Adamantina (a 578 km de São Paulo).
A mãe dedicava-se às tarefas do lar e o pai era policial. Era a segunda mais nova de nove irmãos.
Aos 18 anos, mudou-se para a casa de uma irmã, na capital paulista, período em que começou a trabalhar como técnica de banco de sangue. Passou por vários hospitais.
A rotina do trabalho abriu espaço para a paixão. Silvana casou-se com o chefe, união durou três anos. Com a separação, passou a dedicar-se exclusivamente aos dois filhos, além de aproveitar a vida ao lado dos amigos. Carismática e muito querida, ela estava sempre rodeada de pessoas.
Se não é o trabalho, todo mundo desempenha alguma atividade por amor. Com a Silvana não foi diferente. Ela defendia a causa animal.
As gatas Bia e Cissa, que viveram felizes mais de 18 anos ao seu lado, foram testemunhas do amor que sentia pelos bichos. Ambas eram adotadas.
“Além de incentivar a adoção, minha mãe auxiliava instituições que cuidam de animais abandonados. Ela deixa para nós lições de força e solidariedade”, conta Danielle.
Silvana Antunes Neves morreu dia 14 de março por complicações após cirurgia de transplante de fígado. Separada, deixa dois filhos.
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