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Com quarentena, São Paulo tem queda de 56% em registros de roubos de celulares

Na capital paulista, houve redução do crime em praticamente todos os distritos

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São Paulo

A menor circulação de pessoas parece estar ajudando no combate à disseminação do novo coronavírus e causou efeito secundário: queda abrupta de roubos e furtos de celulares em São Paulo.

Em todo o estado, o número de registros desses crimes caiu 56%, considerando os dias 24 e 30 de março, de 2019 (sem quarentena) e 2020 (com quarentena).

Na cidade de São Paulo, a redução foi de 54% (4.300 registros no ano passado, ante 1.900 agora nestes sete dias).

Houve queda em 268 municípios; em 27 o número se manteve; e aumento em 35 (o levantamento abrange quem teve ao menos um registro nos períodos analisados).

Entre as cidades que haviam tido mais de 50 ocorrências em 2019, as maiores quedas ocorreram em Mauá (redução de 69%), Campinas e Santo André (redução 67% em ambas).

Todas as cidades em que houve aumento tiveram poucos casos. Itapecerica da Serra, por exemplo, subiu de 18 registros para 20.

Os dados, provisórios, são da Secretaria de Segurança Pública do estado, tabulados pela Folha a partir dos registros de boletins de ocorrência (ou seja, há subnotificação, pois nem todas as vítimas fazem registro).

Foi considerada a data de registro do BO (90% dos casos são registrados até cinco dias depois do crime). O boletim pode ser registrado eletronicamente.

Reportagem da Folha publicada no mês passado mostrou que roubos e furtos de celulares cresciam rapidamente na capital paulista, especialmente em períodos de grandes eventos, como Carnaval e Parada do Orgulho LGBT.

Agora, durante a quarentena, há queda no número de registros em todos os distritos na cidade, exceto em São Domingos (zona noroeste), que foi de 6 para 7 roubos e furtos no período avaliado.

As maiores reduções ocorreram na Vila Formosa (zona leste), Perus (zona norte) e Campo Belo (zona sul), todos com reduções de mais de 90%. Mas os três já tinham menos de 30 casos no ano passado.

Entre distritos com mais de 50 casos em 2019, as maiores reduções foram em Pinheiros (88%), Brás (87%) e Vila Mariana (85%).

A Secretaria de Segurança de São Paulo afirmou que "independentemente do número de pessoas em circulação, todas as atividades de policiamento preventivo, ostensivo, judiciária estão mantidas e são realizadas diuturnamente, de acordo com as escalas e jornadas estabelecidas."

A pasta afirmou ainda que "o patrulhamento em áreas residenciais, bem como nas proximidades de hospitais, farmácias e supermercados foi intensificado, sem prejuízo aos demais programas de patrulhamento e o atendimento às chamadas de emergência".

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