“Nada nessa vida pode ser desperdiçado. Seja feliz.” Esse foi o último conselho que o padre Pedro Bortolini deu à amiga, a jornalista Alexandra Barboza Leider.
“Mais do que ser padre, ele era um grande amigo. Em todos os momentos especiais e doloridos da minha vida ele estava ao meu lado. Bodas dos meus pais, dos meus avós, meu casamento, batizados dos meus filhos e até mesmo quando meus pais se foram, ele estava lá nos dando o melhor colo do mundo e me ensinando sempre a ser forte”, conta Alexandra.
Pedro Bortolini nasceu em Garibaldi (RS). A excessiva dose de generosidade, disposição para ajudar o próximo e sua determinação o levaram à Igreja Católica.
Segundo um dos irmãos, o diretor-executivo Rogério Bortolini, 49, foram 37 anos de profissão religiosa e 31 de sacerdócio.
“Nos deixou um grande legado. Sua vida foi marcada pela ajuda aos mais necessitados e excluídos da sociedade. Não media esforços na ajuda às pessoas. Sempre alegre e firme em sua missão. Fiel ao seu compromisso sacerdotal”, afirma Rogério.
A amizade com a empregada doméstica Nazilda Santana de Oliveira, 59, chegou aos 30 anos. Ela lembra do dinamismo e seriedade para o trabalho enquanto pároco na Paróquia Santo Antônio, na Granja Viana.
“Ele era aquele padre que ia até a casa do fiel. Tratava todo mundo igual, desde os artistas que conquistou até os mais humildes”.
Pedro fez várias participações em programas de rádio em emissoras populares, como o Programa Paulo Barboza, veiculado durante muitos anos na Rádio Capital AM de São Paulo.
Dedicou-se a obras de caridade, como o Projeto Cotolengo de Curitiba (PR) e de Cotia (Grande SP), que dá assistência a pessoas com deficiências múltiplas.
Atualmente, Pedro trabalhava na Secretaria de Relações Institucionais da Prefeitura de Cotia.
Pedro Bortolini morreu dia 9 de abril, aos 62 anos, de parada cardíaca. Deixa 11 irmãos.
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