Com o governador Helder Barbalho entre os alvos de uma operação da Polícia Federal que investiga compra de respiradores, o Pará é o estado com mais confirmados da Covid-19 entre os que integram a região amazônica. São 60.636 confirmações e 3.989 óbitos, segundo dados do governo estadual desta terça-feira (9).
Mesmo menos populoso, os casos confirmados só ficma atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. No Pará, 68% dos leitos para UTI destinados a pacientes graves na rede estadual estão ocupados.
O Pará chegou a decretar lockdown em 17 municípios por 17 dias – de 8 a 24 de maio, mas depois decidiu afrouxar a regras, e permitiu a reabertura do comércio de rua e shoppings em Belém.
O plano de reabertura, batizado de Retoma Pará, estabelece seis níveis de classificação de risco identificados por bandeiras, que vão da preta (lockdown) a azul (risco mínimo), a partir de variáveis como taxa de transmissão e capacidade do sistema de saúde.
Permanece suspenso o transporte coletivo interestadual e intermunicipal de passageiros (exceto para cidades conurbadas, como as da RMB), bem como os cortes de serviços de energia, água e internet em todo o estado.
Na última segunda-feira (8), o Tribunal de Justiça do Pará decidiu não acatar pedido de lockdown feito pelo Ministério Público Estadual do Pará e Ministério Público do Trabalho.
As cidades com os maiores números de casos confirmados de Covid-19 são a capital Belém, que concentra 25,54% do total (14.879); Parauapebas (4.325), que fica no sudeste paraense, região dos Carajás; Ananindeua (3.320), Cametá (1.831) e Abaetetuba (1.735), estas três últimas localizadas na Região Metropolitana de Belém e arredores.
No interior, Santarém está entre as cidades que mais preocupam, com UTIS lotadas. diante da demanda alta, até o prefeito, que é médico, atende casos suspeitos da Covid-19.
De acordo com o estado, o pico da contaminação e das mortes no Pará ocorreu em maio e os números vêm apresentando uma redução nos primeiros dias de junho. Enquanto na semana de 1 a 7 de junho foram registrados, em média, 180 novos casos confirmados e 33 óbitos por dia, nos primeiros dois dias desta semana (8 e 9 de junho) essas médias foram de 62 casos e 8 mortes por dia.
As aulas nas escolas públicas foram suspensas dia 18 de março e ainda não têm data para serem retomadas.
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