Bilhete achado com preso do PCC pede morte de promotor e de coordenador de unidades prisionais de SP

Nota seria desdobramento de ordem de Marcola caso chefes da facção fossem transferidos a presídios federais

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São Paulo

Agentes da penitenciária 1 de Mirandópolis (594 km de SP), onde estão presos integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), apreenderam nesta quinta-feira (16) um bilhete escondido nas roupas do detento Gabriel Henrique Gomes de Oliveira, no qual são cobradas as mortes de Roberto Medina, coordenador das Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado de São Paulo, e do Promotor de Justiça do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em Presidente Prudente (558 km de SP), Lincoln Gakiya.

A apreensão ocorreu quando Oliveira seria atendido por um advogado.

Bilhete achado com preso do PCC pedindo morte de promotor e de coordenador de unidades prisionais de SP
Bilhete achado com preso do PCC pedindo morte de promotor e de coordenador de unidades prisionais de SP - Reprodução

Além de Gabriel, o verso da mensagem traz a autoria de outros dois presos: Jonatan de Andrade e Willian Fernando de Carvalho.

Segundo a Folha apurou, o bilhete é um desdobramento de uma ordem dada por Marco Camacho, o Marcola, ordenando os assassinatos caso a transferência dos chefes da facção para presídios federais se concretizasse.

Em novembro de 2018, a Justiça de São Paulo determinou a transferência de seis integrantes do PCC para presídios federais. Entre eles, estavam dois do primeiro escalão da facção: Cláudio Barbará da Silva, o Barbará, e Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden.

Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder do PCC
Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder do PCC - Sergio Lima - 23.fev.2018/Folhapress

Todos eles são suspeitos de integrarem a chamada “sintonia final dos estados e países” e comandarem crimes em 14 estados da federação, incluindo ataques ocorridos em Minas Gerais e assassinato de agentes da lei.

Esse comando era exercido do interior da penitenciária 2 de Presidente Venceslau (611 km de SP), onde estava presa a cúpula da facção.

A remoção dos detentos foi solicitada no dia 2 de dezembro de 2018, e seis dias depois foi apreendida uma carta na saída da penitenciária 2 de Presidente Venceslau encomendando a morte de Gakiya .

Outras cartas com o mesmo teor foram apreendidas em janeiro e outubro de 2019 em Junqueirópolis (624 km de SP) e na penitenciária 1 de Presidente Bernardes (580 km de SP), respectivamente.

Desde a primeira carta, Medina e Gakiya estão sob escolta policial.

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