A travessia de pedestres na balsa para Ilhabela (SP) amanheceu com filas e aglomeração neste domingo (13) após instauração de barreira sanitária pela prefeitura no último sábado (12). A administração municipal adotou a medida após a alta nos números de casos de Covid-19 no município, que até sábado somava mais de 2.700 infectados e 14 óbitos.
Desde então, a balsa opera com 70% da capacidade (1.700 pessoas), com preferência para moradores, e todos os pedestres passam por aferição de temperatura antes de embarcar. A barreira sanitária, no entanto, gerou filas desde as primeiras horas da manhã deste domingo.
De acordo com a administração municipal, 2,1 mil pedestres e ciclistas fizeram a travessia entre 5h e 12h. Agentes da Prefeitura passaram o dia no local orientando os pedestres a manterem distância segura e a permanecerem de máscara.
Segundo a Secretária de Turismo de Ilhabela, Bianca Colepicolo, 40% das pessoas que fazem a travessia na balsa é composta de turistas.
“A gente avisou as agências de que iríamos ter filas e de que o embarque iria demorar. Sugerimos que remarcassem as excursões para depois da pandemia, mas eles vieram mesmo assim. Faz parte a fila, foi triste de ver, porque estava chovendo, mas com certeza as agências vão começar a repensar para atendar ao nosso pedido”, afirmou.
Ainda de acordo com a secretária, a Prefeitura descarta qualquer possibilidade de fechamento da balsa. “Esperamos que essas atitudes de Ilhabela e São Sebastião, que aumentou a tarifa de ônibus, façam com que o turismo de excursão seja revisto”.
A Folha tentou entrar em contato com a Dersa, responsável pela operação da balsa na travessia São Sebastião/Ilhabela, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
HOSPITAL DE CAMPANHA
Na última quinta-feira (10), um hospital de campanha começou a ser construído para atender casos que não sejam de coronavírus em Ilhabela e concentrar os pacientes infectados por Covid-19 no único hospital local, Mário Covas Jr, da rede pública.
O hospital de campanha tem previsão para entrar em funcionamento no próximo dia 20 de dezembro. Ele está sendo erguido no estacionamento do Mário Covas Jr e deve operar, a princípio, com 20 leitos, podendo chegar a 46 conforme demanda. Deve atender casos de fraturas, acidentes, afogamentos e feridos em quedas de cachoeiras, por exemplo.
Com o aumento de casos, a lotação nos hospitais da região é cada vez maior. Até a última sexta-feira (11), o hospital Mário Covas Junior tinha 9 dos 15 leitos ocupados. Quatro destes leitos são de UTI, e apenas um estava vago.
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