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Prefeitos da Baixada Santista se reúnem para definir ações contra turistas no fim do ano

Municípios querem apoio da PM para fazer barreiras sanitárias e fechar orlas

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São Paulo

As prefeituras da Baixada Santista, no litoral sul de SP, vão se reunir nesta quarta-feira (23) para discutir ações conjuntas e definir como colocar em prática o pedido do governo do estado para evitar aglomerações nas praias e calçadões da região durante as festas de fim de ano.

A decisão foi tomada após membros do Centro de Contingência da Covid-19 anunciarem que todas as regiões do estado passarão para a fase vermelha, a mais restrita do Plano São Paulo, entre os dias 25 e 27 de dezembro e 1 a 3 de janeiro.

O governo teme um descontrole da pandemia após as festas de fim de ano, já que nas últimas quatro semanas São Paulo registrou um salto de 54% do número de casos e de 34% nos óbitos.

Em vídeo postado nas redes sociais, o prefeito de Santos Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que preside o Condesb (Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista), afirma que as prefeituras precisam de apoio da Polícia Militar para intensificar barreiras sanitárias e fechar a orla das praias.

A Folha apurou que as cidades avaliam não ter efetivo suficiente de fiscais e guardas-civis para evitar que as pessoas se aglomerem na faixa de areia e nos calçadões e atuar no controle dos estabelecimentos comerciais. Além disso, os municípios desejam que os bloqueios para evitar os turistas de um dia seja feito já nas estradas que levam ao litoral.

Barbosa ainda destacou que os prefeitos, atuais e eleitos, vão pleitear junto à gestão João Doria (PSDB) um plano adaptado à realidade da Baixada Santista. “Da forma como foi proposto, fica inviável cumprir essas medidas.”

“Entendemos que a Baixada Santista precisa de medidas diferenciadas principalmente para o Réveillon. Na medida em que o Plano São Paulo estabelece regras no período até o dia 27 e após o dia 1º, relaxa medidas para o período de Réveillon, que é o período mais crítico para a nossa região”, diz Barbosa.

Algumas prefeituras da região já haviam anunciado a formação de barreiras sanitárias para esse período de festas de fim de ano. Em Santos, por exemplo, haverá reforço nos dias 24 e 31 de dezembro. O objetivo é impedir a entrada de vans e ônibus com turistas na cidade.

As cidades de Peruíbe e Guarujá também suspenderam a autorização para vans e ônibus de turismo e têm feito barreiras para orientar que esses veículos retornem ao município de origem.

Na entrevista coletiva de hoje, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que as prefeituras precisam garantir que não haja aglomerações nas praias ou festas, além de fazer fiscalização para que as pessoas usem máscara em locais públicos, como nas orlas.

“O que temos vistos em algumas regiões litorâneas é que as regras infelizmente não estão sendo respeitadas. Nós pedimos e conclamamos para que os prefeitos sejam austeros, não podemos deixar as pessoas aglomerarem nas praias, ficar sem máscara. As pessoas têm uma falsa sensação de segurança na praia”, disse.

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