De voz forte e bonita, José Plácido estava sempre cantando pela casa. Gostava de cantarolar modas sertanejas antigas.
Amava música e festa na mesma medida, tanto que depois de aposentar encontrou uma forma de conciliar os gostos com uma causa: ajudava na organização de eventos da igreja que frequentava em Osasco.
Ao lado da mulher, Maria Helena Oliveira, com quem foi casado por 26 anos, formou um grupo de amigos bastante próximos na igreja que se reuniam quase todos os finais de semana.
“Era muito ativo, festeiro e gostava sempre de estar rodeado de pessoas. Sempre estava com alguém em casa para fazer um churrasco, tomar uma cervejinha”, conta a enteada Marta Carolina David, 40.
Plácido e Maria Helena se conheceram alguns anos depois de ela ter ficado viúva. Ele tinha 3 filhos do primeiro casamento. Ela, 3 filhas. “A palavra padrasto nunca existiu na minha casa. Ele foi o meu pai e sempre me chamava de filha.”
Na grande família que formaram, Plácido era o lado mais tranquilo e brincalhão do casal, sempre cantarolando alguma moda sertaneja.
Ele nasceu em Água Branca, em Alagoas, mas se mudou para São Paulo ainda na infância. Trabalhou por muito anos em indústrias metalúrgicas, mas depois foi atuar na Prefeitura de Osasco com cuidados com menores infratores.
Plácido morreu após ter complicações pela Covid-19. Deixa a mulher Maria Helena, seis filhos e seis netos.
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