Descrição de chapéu Obituário Miguelina Eloi de Assis Moreira (1949 - 2021)

Mortes: Foi a primeira goleira de um craque do futebol brasileiro

Dona Miguelina, mãe de Ronaldinho Gaúcho, entrou em campo com o filho na final de campeonato ao se curar de câncer

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São Paulo

Mãe de um dos maiores craques do futebol brasileiro, dona Miguelina se orgulhava em dizer nas entrevistas que tinha sido a primeira a tomar gols do filho.

Miguelina Eloi de Assis Moreira não era apenas a maior torcedora do filho Ronaldinho Gaúcho. Em 2012, quando se tratava de um câncer, ficou claro que ela era a força do jogador.

Na época do diagnóstico, torcedores do Atlético-MG, onde Ronaldinho jogava, estenderam um banner com a imagem de mãe e filho e a mensagem “Fé em Deus”. O jogador se emocionou antes do começo da partida ao ver a homenagem.

No ano seguinte, já curada do câncer, dona Miguelina entrou em campo ao lado do filho para a final do Campeonato Mineiro daquela temporada, contra o Cruzeiro. Ronaldinho confessou depois que pensou em desistir da carreira para cuidar da mãe.

Ronaldinho Gaúcho abraçado à mãe dona Miguelina
Dona Miguelina, mãe de Ronaldinho Gaúcho, entrou em campo com o filho na final de campeonato ao se curar de câncer - Reprodução/Redes Sociais

O jogador contou em entrevistas que a relação com a mãe ficou ainda mais estreita, após a morte do pai, quando tinha 8 anos.

Em uma carta que publicou no jornal americano The Players Tribune, em 2017, Ronaldinho contou ter chegado em casa e antes de receber a notícia da morte já percebeu que algo estava diferente.

“Geralmente, quando você volta para casa depois do futebol, sua mãe está sempre rindo ou fazendo algum tipo de piada. Mas desta vez ela estará chorando”, diz na carta endereçada ao Ronaldinho de 8 anos.

Em 2006, em entrevista à Globo, dona Miguelina contou ter sido difícil ser mãe e pai por ter que tomar sozinha todas as decisões sobre a criação dos filhos. No entanto, disse olhar com orgulho para o que se tornaram como adultos.

Ela contou que brincava muito com os filhos, no caso de Ronaldinho, sempre de jogar bola. “Eu era goleira na porta da garagem, só não me atirava no chão para defender.”

Dona Miguelina foi internada em dezembro de 2020 após ser infectada com o coronavírus, mas não resistiu às complicações da doença.

“Minha mãe foi inspiração de força e alegria para todos que a conheceram e vai continuar exercendo sua luz em nossas vidas para sempre. Com a garra que ela nos ensinou, vamos continuar nossa caminhada”, disse Ronaldinho em suas redes sociais ao se pronunciar pela primeira vez sobre a morte da mãe.

Aos 71 anos de idade, Miguelina deixa três filhos: Roberto, Deise e Ronaldinho.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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