Butantan inaugura Museu da Vacina no ano que vem

Espaço funcionará em edificação histórica; instituição terá ainda novo centro de produção de soros

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São Paulo

O Instituto Butantan deu início às obras para a criação do Museu da Vacina da instituição. A expectativa é inaugurá-lo no próximo ano.

O objetivo do espaço é instigar o interesse pela ciência e pesquisa a partir da história da imunização no Brasil e no mundo, reforçando sua importância. O Instituto Butantan é hoje o principal produtor de vacinas e soros da América Latina.

Entre as atividades previstas estão incluídas exposições interativas, atividades complementares e palestras.

O local onde o museu fucionará é uma edificação histórica do instituto, construída no fim do século 19, que já abrigou a sede da Fazenda Butantan e foi a residência do primeiro diretor do instituto, o médico Vital Brazil. Até 2019, as instalações eram utilizadas pelos laboratórios de Herpetologia, Ecologia e Evolução, mas estavam desocupadas desde então.

Prédio histórico do Instituto Butantan, na zona oeste da capital paulista
Prédio histórico do Instituto Butantan, na zona oeste da capital paulista - Karime Xavier - 21.jan.21/Folhapress

O investimento na restauração dos 309 m² que vão abrigar o novo espaço é de R$ 2,6 milhões, com verba do governo estadual.

Este será o quinto museu do Instituto Butantan, que hoje possui também o de Museu da Microbiologia, Museu Biológico, Museu Histórico e de Museu da Saúde Pública (Emílio Ribas).

Além do projeto do Museu da Vacina, o Butantan deu início também às obras de expansão do novo Centro Avançado de Produção de Soros.

O centro, que deve ser concluído em 2023, permitirá a produção industrial em um só local de todos os soros que o instituto disponibiliza contra toxinas de animais peçonhentos e micro-organismos. Atualmente, o Butantan produz 12 tipos de soros, que são distribuídos ao Ministério da Saúde.

O processo de produção de soros envolve a imunização de cavalos com antígenos produzidos a partir de venenos, toxinas bacterianas ou vírus, com a obtenção de diferentes tipos de plasma, que são depois submetidos a purificação, formulação e envase.

As instalações terão 6.600 m² distribuídos em cinco andares, e permitirá realizar desde o processamento do plasma até o envasamento dos frascos. Na planta, os soros também poderão ser liofilizados, isto é, desidratados e transformados em pó sem perder suas propriedades. O investimento no projeto é de R$ 34,5 milhões.

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