Descrição de chapéu Obituário Fredi Isaac Kretzig Kufert (1948 - 2021)

Mortes: Ao lado da esposa, no esporte e nas palavras cultivou o amor

Fredi morreu em decorrência de complicações da Covid-19

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São Paulo

Fredi e Rosa se apaixonaram à primeira vista. O amor entre o casal nasceu no Uruguai, terra natal dele.

Rosa cruzou seu caminho o dia em que visitou o local com o pai e ambos foram apresentados.

Ela voltou ao Brasil e pouco tempo depois Fredi deixou sua família em Montevidéu para viver ao lado da amada.

Entre os desafios enfrentados, estava o profissional. Chegou ao país com diploma universitário na área de odontologia e precisou passar pelo processo de revalidação.

Fredi venceu os obstáculos. Trabalhou como dentista até poucos dias antes de adoecer. Ele morreu dia 6 de agosto, aos 73, em decorrência de complicações da Covid-19.

Fredi Isaac Kretzig Kufert (1948-2021) e a esposa Rosa Kretzig
Fredi Isaac Kretzig Kufert (1948-2021) e a esposa Rosa Kretzig - Arquivo pessoal

“Alegre, expansivo e de coração grande, ele era um agregador de pessoas, de crianças a adultos”, diz o engenheiro Israel Mor, 40, seu sobrinho.

“Ele estava sempre feliz, nos brindava com sua risada alta e os bons conselhos que sua experiência permitia nos dar. As pessoas recorriam muito a ele. O Fredi sempre via soluções para os problemas e tinha a palavra certa. Buscava as coisas boas mesmo nos momentos mais difíceis”, afirma a jornalista Paula Cohn Mor, 39.

“A nossa história se cruza quando entrei para a família como a namorada e depois esposa do sobrinho. E ganhei o tio que sempre soube que nessa equação chamada amor dá também para ser pai de muita gente além dos laços de sangue. Quanto mais, melhor. E foi assim, com seu coração imenso, muito maior que o seu 1,90 m de altura, que me adotou”, conta Paula.

Apaixonado por esportes, incentivava a praticar e assistir. No Uruguai foi atleta de basquete. Lá, torcia para o Defensor, um pequeno time de futebol da primeira divisão do campeonato uruguaio; em terras paulistanas, seu coração pertencia ao São Paulo Futebol Clube.

Fredi conversava sobre qualquer assunto e contava histórias como ninguém, segundo a família.

Quando ainda estava longe de partir, Fredi já ensinava a todos a viver intensamente e dizia que as experiências são as melhores heranças que se pode deixar. Também mostrou a importância de manter laços pessoais fortes, as conexões humanas e a amizade em dia.

Além da esposa, Fredi deixa dois filhos, três netos e sobrinhos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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