Descrição de chapéu Obituário Anna Maria Peliano (1947 - 2021)

Mortes: Contribuiu para o combate à fome e à pobreza no Brasil

Anna Maria Peliano foi mentora do Mapa da Fome, que subsidiou o trabalho do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, na Campanha Nacional de Combate à Fome

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São Paulo

O olhar da socióloga Anna Maria Peliano alcançou o país. Desde cedo, cresceu com a ideia de possibilitar uma vida melhor para as pessoas, um ensinamento que veio de seu pai.

Anna morreu no dia 19 de agosto, aos 73 anos, em decorrência de um câncer.

Como legado, fica a importante contribuição para programas de combate à fome e à pobreza no Brasil.

A socióloga foi servidora do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) por mais de três décadas.

No órgão, ela atuou como diretora de Estudos e Políticas Sociais, ocupou cargos de coordenação e deixou uma extensa produção de pesquisas sobre políticas sociais.

Em 1985, no governo José Sarney, trabalhou como assessora do Ministério da Agricultura (gestão Pedro Simon), para a implantação de programas de alimentação popular.

Anna Maria Peliano (1947-2021)
Anna Maria Peliano (1947-2021) - Arquivo pessoal

Anna também coordenou o Núcleo de Estudos da Fome da UnB (Universidade de Brasília) e foi mentora do Mapa da Fome, que subsidiou o trabalho do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, na Campanha Nacional de Combate à Fome.

Na década de 1990, atuou como secretária-executiva do programa Comunidade Solidária, do governo federal (gestão Fernando Henrique Cardoso).

Apaixonada pela profissão, nos últimos 14 anos, Anna dedicou-se à coordenação da pesquisa Benchmarking do Investimento Social Corporativo, da Comunitas, onde era consultora.

O levantamento traça parâmetros e comparações sobre o perfil do investimento social privado no Brasil, acompanhando a evolução dos compromissos das empresas participantes.

Grande incentivadora das artes, principalmente da música, Anna estudou piano, assim como sua mãe, e chegou a dar aulas do instrumento. A artista visual Adriana Medeiros Eliano, 47, sua filha, disse que a disciplina e o rigor com o qual executava suas tarefas vieram do piano.

Além das artes, também apreciava a culinária e preparava pratos especiais, como bacalhau na panela de pedra e torta de maçã.

“Mesmo que ela não cozinhasse, sabia escolher os ingredientes. Ela tinha o paladar sofisticado e uma excelente memória para paladar e aroma. Sabia escolher a boa comida. A oportunidade de comer comidas diferenciadas trazia encantamento à sua vida”, conta Adriana.

Anna também abraçou as oportunidades para conhecer muitos países e suas culturas. Conheceu países da Europa, a Índia, a Tailândia e os EUA, onde morou nos anos 1970.

Era apegada à família e estendia a mão a todos. A oportunidade que jamais desperdiçou foi a de ajudar o próximo. Anna deixa o companheiro, Fernando, os filhos, Gustavo e Adriana, e o neto, Jorge.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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