Descrição de chapéu Obituário Marcus Vinicius de Oliveira e Almeida Batista (1974 - 2021)

Mortes: Incentivou sonhos dentro e fora das crônicas do cotidiano

Marcus Vinicius Batista morreu em decorrência de complicações da Covid-19

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A maneira como o santista Marcus Vinicius Batista escrevia sobre o universo do cotidiano era considerada bela e sofisticada. “Ele conseguia achar a beleza oculta em todas as coisas”, diz a jornalista Beth Soares, sua companheira.

Inteligente, de cultura vasta, Marcus discursava sobre qualquer assunto. Sensível, conseguia captar coisas que muitas pessoas não percebiam durante conversas e entrevistas.

Na vida, um inspirador e incentivador de sonhos. “Nos últimos dez anos realizamos muitos sonhos juntos, desde fundar uma editora e lançar vários livros até conhecer alguns lugares do mundo que ele achava que jamais conheceria. O pôr do sol em Casapueblo, Uruguai, foi um espetáculo belíssimo da natureza. Eu olhei para o lado e ele estava emocionado. Foi lindo e poético. Um resumo de quem ele era.”

Marcus Vinicius de Oliveira e Almeida Batista (1974-2021)
Marcus Vinicius de Oliveira e Almeida Batista (1974-2021) - Instagram @marcusvinicius_batista


Em 2015, o casal fundou a editora Ateliê de Palavras, com foco no lançamento dos próprios livros e das obras dos amigos que não tinham a oportunidade nas grandes editoras.

Beth está em Portugal desde 2020 para fazer mestrado em estudos editoriais. “Eu vim para estudar para darmos um plus em nossa editora. Era um combinado que nós tínhamos. Ele ficaria no Brasil para que eu me especializasse um pouco mais. O Marcus me deu muita força como em todas as vezes que eu tinha planos e sonhos”, conta Beth.

Beth o conheceu em sua segunda graduação. Foi aluna de Marcus em uma das instituições que ele lecionou, na Universidade Santa Cecília, em Santos (a 72 km de SP). O namoro começou em 2010, quando a relação professor/aluna já havia terminado.

Marcus era jornalista, escritor e professor. Trabalhou na Rádio Atlântica, TV Mar e TV Tribuna, afiliada da Rede Globo em Santos. Além disso, teve uma curta passagem pela Folha, entre maio e agosto de 1997.

Diabético, precisou amputar dois dedos por causa de uma infecção no pé. Pouco antes da cirurgia, segundo Beth, foi necessário entrar no oxigênio devido à Covid-19 que já fazia parte do quadro. Durante a operação, foi intubado.

Ele morreu dia 14 de julho, aos 46. Deixa Beth e os filhos Mariana e Vinicius.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.