Descrição de chapéu Folhajus

Dr. Jairinho se torna réu por crime de estupro contra ex-namorada

Ex-vereador está preso desde abril sob suspeita do homicídio do enteado, Henry Borel

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Rio de Janeiro

O ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, tornou-se réu mais uma vez na Justiça, agora sob acusação de ter estuprado uma ex-namorada. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e aceita pelo 3º Juizado da Violência Doméstica de Jacarepaguá. O processo está sob segredo.

Preso desde abril sob suspeita do homicídio do enteado, o menino Henry Borel, 4, Jairo foi acusado pelo Ministério Público de cometer uma série de crimes contra uma ex-namorada, entre 2014 e 2020.

A Justiça aceitou a denúncia apenas em relação ao estupro, mas o ex-vereador também foi denunciado pelos crimes de lesão leve, lesão grave, vias de fato e lesão na modalidade de dano à saúde emocional.

Segundo a denúncia, em outubro de 2015, Jairo drogou a vítima e praticou, sem seu consentimento, sexo anal. A reportagem procurou a defesa do ex-vereador para questionar sobre as acusações, mas não obteve retorno.

De acordo com a acusação, "os fatos tiveram como pressuposto motivação de gênero ou situação de vulnerabilidade decorrente da subjugação ou submissão feminina ocorrida dentro de uma relação íntima, ocasionando violência doméstica consubstanciada em opressão contra a mulher".

 Dr. Jairinho em sessão da Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Dr. Jairinho durante sessão da Câmara Municipal do Rio, janeiro de 2021. O ex-vereador está preso sob suspeita do homicídio do menino Henry Borel, 4 - Renan Olaz - 1º.jan.21/Divulgação/Câmara Municipal do Rio de Janeiro

O Ministério Público também narra na denúncia uma série de supostas agressões verbais e físicas, como socos, chutes e puxões de cabelo. Foram citadas, ainda, práticas de perseguição, invasão de domicílio, ameaças e ofensas morais.

Após Jairo ter sido preso sob suspeita do homicídio de Henry, algumas ex-namoradas relataram em depoimentos que também haviam sido vítimas de violência, assim como seus filhos.

A primeira audiência de instrução do caso Henry aconteceu no dia 6 de outubro e durou mais de 14 horas. Sua continuação está marcada para os dias 14 e 15 de dezembro.

Jairo e a mãe de Henry, Monique Medeiros, tornaram-se réus por homicídio triplamente qualificado. O Ministério Público argumenta que Jairo cometeu o crime por sadismo. Pela argumentaçao da Promotoria, o ex-vereador tinha prazer em machucar o menino, enquanto Monique tiraria vantagens financeiras da situação.

O laudo da reprodução da morte do menino indicou que Henry sofreu 23 lesões no total, produzidas mediante ação violenta entre as 23h30 e as 3h30 do dia 8 de março desse ano. Entre elas estão escoriações e hematomas em várias partes do corpo, infiltrações hemorrágicas em três regiões da cabeça, laceração no fígado e contusões no rim e no pulmão.

Segundo o laudo, as marcas constatadas no corpo de Henry sugerem várias "ações contundentes e diversos graus de energia, sendo que as lesões intra-abdominais foram de alta energia".

A defesa de Dr. Jairinho afirma que tanto o ex-vereador quanto Monique são inocentes.

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