Mortes: Avó carinhosa, não perdia um Carnaval na rua ou na TV

Zélia Quintino da Rocha Simplicio gostava de cozinhar e cuidar das suas das plantinhas

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São Paulo

Era sempre com um sorrisão no rosto que Zelia Quintino da Rocha Simplicio recebia as pessoas na sua casa. Muito acolhedora, adorava uma reunião e fazia de tudo para que todos se sentissem bem.

Nascida no Rio de Janeiro, no bairro do Méier, na zona norte, Zelia era filha de lavadeira e quando criança acompanhava a mãe na ida à casa dos clientes. Na juventude, fez curso técnico de contabilidade, mas não chegou a exercer a profissão.

Nessa época, conheceu o marido, José Simplicio, com quem se casou em 1957. Pouco tempo depois, eles se mudaram para o município de Tanabi, no interior de São Paulo, quando o marido, que era professor secundário, foi convidado a dar aulas.

Imagem em close mostra o rosto de mulher negra idosa de óculos e sorrindo
Zelia Quintino da Rocha Simplicio (1930-2022) - Arquivo pessoal

O casal teve três filhos, Guaraci, Moacir e Inara. Depois de um tempo, o marido foi transferido para Jacareí, no Vale do Paraíba, e na cidade a família se fixou.

"Minha avó sempre foi do lar e estava sempre na cozinha, era a especialidade dela", afirma a neta Maíra Simplicio Fortes.

Cuidar do jardim também era um dos passatempos de Zelia. "Ela ficava o dia inteiro se deixasse cuidando das plantinhas dela", afirma a neta.

Zelia também adorava uma reunião e a folia do Carnaval. "Eu lembro do meu tio contar que minha avó colocava eles [os filhos] dentro do trem para ir para o Rio de Janeiro, lá ficavam na casa de familiares e iam atrás das escolas de samba e marchinhas de carnaval na rua", afirma Maíra.

"Quando íamos para São Luiz do Paraitinga pular carnaval a vó sempre ia junto com a gente, mesmo depois de velhinha, ela ia atrás da bagunça", completa.

Era tradição da dona Zelia também assistir aos desfiles das escolas de samba pela televisão. Todos os anos ela virava a noite acompanhando as agremiações.

"Era uma tradição do meu avô, ele cultuava muito isso e depois que ele faleceu ela continuou seguindo as escolas de samba", lembra Maíra.

No último dia 3 de fevereiro, dona Zelia morreu, aos 91 anos, por complicações por causa de uma infecção generalizada. Ela deixa dois filhos, quatro netos e um bisneto.

​​coluna.obituario@grupofolha.com.br

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