Descrição de chapéu cracolândia

GCM mantém guardas na antiga cracolândia para evitar volta de usuários

Equipes circulam 24 horas pela região da praça Júlio Prestes, no centro de São Paulo

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São Paulo

A Guarda Civil Metropolitana mantém 11 viaturas e 40 agentes circulando nas vias do entorno da praça Júlio Prestes, no centro de São Paulo, onde se concentravam dependentes químicos no antigo fluxo da cracolândia. Há cerca de um mês, eles seguiram para a praça Princesa Isabel.

Até a publicação deste texto, a instituição não havia dito quantos agentes atuavam na região antes da ação de dispersão.

Guardas ouvidos pela Folha, na manhã desta quarta-feira (20), afirmaram que a região da praça Júlio Prestes, onde os usuários de crack permaneciam, está "conquistada".

Na ocasião em que o fluxo migrou para a praça Princesa Isabel, a cerca de 500 metros de distância do antigo ponto frequentado por usuários de drogas, alguns deles tentaram retornar à região ocupada pela guarda, mas foram impedidos por agentes.

A permanência dos guardas na região é por tempo indeterminado.

Grades instaladas na praça Princesa Isabel separam equipes da prefeitura de usuários de droga - Bruno Santos/Folhapress

A reportagem circulou pela rua Helvétia, alamedas Dino Bueno, Glete e Nothmann, além da praça Princesa Isabel, nas quais há presença constante de viaturas e também de bases da GCM, além da Polícia Militar.

Além de evitar o retorno dos usuários ao antigo ponto, a GCM atua na região para resguardar funcionários da prefeitura que participam do trabalho de revitalização da praça Princesa Isabel, onde o governo municipal instalou grades para separar dependentes químicos e pessoas em situação de rua das equipes que atuam no local.

A informação também foi confirmada pela prefeitura à Folha, nesta terça-feira (19).

Mesmo com a presença de guardas e policiais militares, usuários não se sentem inibidos de usar crack na praça, perto da qual também adquirem a droga.

A 1ª Delegacia Seccional do Centro afirmou, nesta quarta, que em 15 meses de ações na região foram apreendidos 728 quilos de drogas, não especificadas por tipo. Também foram presos no período 423 suspeitos, dos quais 98 estariam envolvidos diretamente na venda de drogas na cracolândia.

Além da Polícia Civil, a PM apreendeu na região, no primeiro trimestre deste ano, 10,5 quilos de drogas, não especificadas, além de prender 62 suspeitos. Em todo o ano passado, a corporação apreendeu na região 175 quilos de drogas, 10,4 litros de lança-perfume, além de efetuar 408 prisões.

Apesar do volume de prisões e de apreensões, em quilos de drogas, foram registrados nas delegacias da região central, entre janeiro e fevereiro, três boletins de ocorrência de apreensão de drogas, que é quando somente entorpecente é localizado pela polícia, mas sem prisões. Os dados são da SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública).

No período, ainda segundo a pasta, foram computados 89 boletins de ocorrência de tráfico na região central.

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