Descrição de chapéu Obituário Luciana Paula Della Coletta de Carvalho (1967 - 2022)

Mortes: Apaixonada por teatro, fundou empresa de turismo pedagógico

Luciana Paula Della Coletta de Carvalho organizava atividades culturais em escolas

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A formação profissional de Luciana Paula Della Coletta de Carvalho não foi linear. Ela passou pelos cursos de história e artes cênicas, que não foram concluídos, e conquistou diplomas em relações públicas e pedagogia. Apesar da formação, era o teatro a sua grande paixão.

Ela não chegou a atuar diretamente na área, mas criou uma empresa de turismo pedagógico, a Diverte Cultural, com o objetivo de viabilizar e organizar atividades culturais em escolas.

Imagem em primeiro plano mostra mulher de óculos e cabelos curtos posando para foto sorrindo
Luciana Paula Della Coletta de Carvalho (1967-2022) - Arquivo pessoal

"Ela desenvolveu uma empresa de turismo pedagógico que proporciona a crianças e adolescentes a experiência de formação de plateia e o gosto pela arte", conta a filha Giovanna Della Coletta de Carvalho.

Nascida em Santa Maria da Serra, uma cidade do interior de São Paulo, ela teve uma infância feliz e típica de quem vive no campo. "A minha mãe teve uma infância muito livre. Ela contava que subia no pé de manga com uma faca entre os dentes para chupar manga", lembra Giovanna.

Da infância, há também a lembrança da relação com os primos, as traquinagens no quintal dos avós e o banho de rio.

Já adulta, no seu processo de descoberta profissional, conheceu o marido. "Ela foi trabalhar em uma agência de turismo, e o meu pai trabalhava no Playcenter [parque de diversão em São Paulo]. Eles se conheceram quando ela tinha uns 20 e poucos anos, se casaram e logo nasceu o meu irmão [Ricardo Della Coletta, repórter da Folha]. Depois de dois anos, eu nasci."

Segundo a filha, sua mãe era uma pessoa que não passava despercebida pelos lugares. "Ela preenchia o espaço, mas não de uma forma autoritária, sim espontânea e gostosa. Ela sempre teve muita alegria de viver. A gente também lembra muito das gargalhadas dela", diz.

Na profissão, Luciana acreditava no poder transformador da educação. "Tanto que a empresa conseguiu alguns patrocínios para levar [também] crianças de escola pública ao teatro", lembra a filha.

Em 2009, Luciana foi diagnosticada com câncer e passou por um tratamento que durou 13 anos. A doença, no entanto, não definiu a sua história, avalia a filha.

"Ela teve muita força e muita vontade de viver. Esse é o maior legado que ela vai deixar."

Nos últimos tempos, costurar pijamas para toda a família e acompanhar o crescimento da netinha de cinco meses foram as suas alegrias.

Luciana morreu em 21 de abril, aos 55 anos, de câncer. Deixa pai, mãe, dois irmãos, marido, dois filhos, uma neta e sobrinhos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.