Descrição de chapéu Obituário Pedro Henrique Ferreira (1988 - 2022)

Mortes: Jornalista, trabalhou intensamente na pandemia

Pedro Henrique Ferreira fez medicina veterinária antes de realizar o sonho de estudar jornalismo

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São Paulo

Jornalista e chefe de comunicação da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás, Pedro Henrique Ferreira trabalhou duro durante a pandemia de Covid-19 e era o braço direito do titular da pasta.

"Quando [a secretaria] começou a receber as vacinas [contra Covid], não tinha um horário, chegava de madrugada, e ele ia para o aeroporto esperar", afirma Jordânia D’Vila Ferreira, irmã de Pedro Henrique.

Segundo ela, o irmão estava sempre muito atento a tudo e era muito prestativo. "O secretário até falou no velório que tudo que pedia para o Pedro fazer ele fazia cem vezes melhor."

Imagem em primeiro plano mostra homem jovem sentado em um banco de praça. Ele está sorrindo e com um jornal na mão.
Pedro Henrique Ferreira (1988-2022) - Arquivo pessoal

Nascido em Mossâmedes, uma cidade pequena do interior goiano, Pedro Henrique morou ainda em Sanclerlândia, também no interior do estado, até 2005. No ano seguinte, foi para Goiânia estudar. Ele tinha acabado de ser aprovado no vestibular para cursar medicina veterinária, como bolsista do Prouni.

O sonho dele era ser jornalista, curso que já tinha em mente quando concluiu o ensino médio, mas por décimos não conseguiu a pontuação necessária para estudar na universidade federal.

Com a boa nota que conseguiu no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), entre as opções que havia escolhido, optou pela veterinária.

"Ele sempre foi uma criança muito estudiosa que se destacava em todas as competições de redação", lembra a irmã.

Em 2010, ele concluiu a graduação em medicina veterinária e, no ano seguinte, ingressou na residência da UFG (Universidade Federal de Goiás) trabalhando como anestesista.

Quando concluiu a residência, em 2013, decidiu cursar a tão sonhada graduação em jornalismo e iniciou os estudos na universidade federal.

"Ele falou que ia fazer jornalismo, que era o sonho dele que estava ali guardadinho", afirma Jordânia.

Ainda estudante, foi estagiário na Prefeitura de Goiânia e, depois de formado, foi contratado.

Pedro Henrique trabalhou na prefeitura por um período, ​até entrar na Secretaria de Estado de Saúde, onde alcançou o cargo de chefe de comunicação.

Entre as muitas lembranças que Jordânia tem do irmão, ela recorda que a leitura era muito presente na vida dele. "Ele gostava muito de ler, tanto é que a casa dele é cheia de livros."

Os irmãos eram muito próximos, literalmente, pois eram vizinhos e se viam todos os dias. "Eu que arrumava as coisinhas dele, lavava roupa, organizava a casa, fazia compra, principalmente nesses dois últimos anos por causa da pandemia. Ele abriu mão de muita coisa por causa do trabalho", afirma a irmã.

No último dia 2 de abril, Pedro Henrique Ferreira morreu, aos 33 anos, em consequência de uma pneumonia bacteriana. Ele deixa avó, pai, mãe, dois irmãos, três tias e cinco primos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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