Descrição de chapéu Folhajus

PF deflagra operação para investigar rota da cocaína entre Brasil e Portugal

Doleira Nelma Kodama, delatora na Lava Jato, é uma das detidas; defesa diz que está colhendo informações

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Salvador

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19) uma operação para desarticular uma suposta organização criminosa que atua no tráfico internacional de cocaína entre o Brasil e Portugal.

O ponto de partida da operação, batizada de Descobrimento, foi a descoberta de 595 quilos de cocaína em um jato executivo que pousou no aeroporto de Salvador para abastecimento em fevereiro de 2021.

Carro da polícia federal estacioado em hangar com avião ao fundo
Operação Descobrimento: Polícia Federal encontra 595 quilos de cocaína em jato português em Salvador - Polícia Federal / Divulgação

A carga de cocaína foi encontrada após inspeção na fuselagem do avião, que pertencia a uma empresa de táxi aéreo portuguesa.

A partir da apreensão, informou a Polícia Federal, os investigadores conseguiram identificar a estrutura da suposta organização criminosa que inclui fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares, pilotos e doleiros.

A PF cumpre sete mandados de prisão e 43 mandados de busca e apreensão na Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco. Em Portugal, a polícia portuguesa cumpre três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nas cidades do Porto e Braga.

Uma das pessoas presas nesta operação foi a doleira Nelma Kodama, conhecida por ter sido uma das primeiras delatoras da operação Lava Jato. Ela foi detida em Portugal e será encaminhada ao Brasil, onde ficará à disposição da Justiça Federal da Bahia.

O advogado Nelson Wilians, que representa Kodama, disse que sua cliente ficou surpresa com a prisão decorrente da operação. Ele afirmou ainda que "confia na Justiça e espera, em breve, ter acesso aos autos para entender a motivação da prisão da empresária, e se manifestar perante as autoridades competentes".

​As medidas judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Salvador e pela Justiça portuguesa. A Justiça brasileira também decretou medidas de apreensão, sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias usadas pelos investigados.

A Polícia Federal teve colaboração da DEA (agência norte-americana de combate às drogas), da Polícia Judiciária Portuguesa e do Ministério Público Federal.

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