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PF faz buscas em operação sobre desvios em compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste

Grupo comprou 300 ventiladores com pagamento antecipado e que nunca foram entregues

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Brasília

A Polícia Federal realiza na manhã desta terça (26) uma operação para avançar na investigação sobre compra de 300 ventiladores pulmonares pelo Consórcio Nordeste.

Batizada de Cianose, que é a condição médica do paciente com baixa oxigenação do sangue, a ação mira a aquisição durante a pandemia de Covid que teve pagamento antecipado sem qualquer entrega dos equipamentos.

São cumpridos 14 mandados de busca e apreensão no Distrito Federa, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

Agentes da Polícia Federal durante operação do órgao
Agentes da Polícia Federal durante operação do órgao - Divulgação

As medidas foram autorizadas pelo Superior Tribunal da Justiça porque um dos investigados é o governador da Bahia, Rui Costa (PT), presidente do Consórcio Nordeste à época. Não há, entretanto, mandados contra o governador.

Segundo a PF, o processo de compra teve diversas irregularidades. Cerca de R$ 40 milhões foram pagos pelos equipamentos.

As buscas realizadas contam a participação de auditores da Controladoria-Geral da União e os investigadores miram possíveis crimes de estelionato, dispensa de licitação sem observância das formalidades e lavagem de dinheiro.

Segundo os investigadores, a apuração conseguiu identificar um esquema criminoso que envolve lobistas, empresários, agentes públicos e empresas que atuavam na Bahia e em São Paulo.

De acordo com a CGU, a contratação com dispensa de licitação foi realizada pela Secretaria de Saúde da Bahia e uma auditoria mostrou que, apesar dos valores envolvidos e da relevância dos equipamentos naquele momento de pandemia, não havia justificativa para contratação da empresa.

A empresa, diz a CGU, dedicava-se à comercialização de medicamentos à base da Cannabis (maconha) e não possuía "qualquer comprovação de experiência ou mesmo capacidade operacional e financeira para cumprir o contrato".

Ainda segundo os auditores, o pagamento de cerca de R$ 49 milhões foi efetuado sem as devidas garantias e sem observar as orientações da Procuradoria-Geral do Estado.

Em junho de 2020, a Polícia Civil da Bahia já havia realizado a operação Ragnarok para apurar os fatos.

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