A operação realizada na cracolândia da praça Princesa Isabel, no centro paulistano, fez que com usuários de drogas se dispersassem por várias ruas da região nesta quarta-feira (11). Desencadeada na madrugada, a ação da Polícia Civil contou com apoio da Militar e da GCM (Guarda Civil Metropolitana).
Durante pouco mais de uma hora, entre 19h e 20h, a reportagem percorreu de carro diversas vias de Campos Elíseos, Santa Ifigênia, Higienópolis e Bom Retiro.
Mesmo debaixo de chuva, cerca de 200 pessoas se aglomeravam na esquina das ruas do Triunfo e dos Gusmões, para usar crack —o local fica a cinco quadras da Princesa Isabel. Homens e mulheres, alguns deles com cobertores nos ombros, falavam alto e anunciavam pedras de crack a quem quisesse ouvir. Eles estavam na calçada e também na via, prejudicando quem pretendia transitar pelo local.
No momento em que a reportagem passou pela rua, uma viatura da Polícia Militar chegou a passar pelo meio do fluxo de pessoas. O carro parou alguns metros adiante, diante da impossibilidade de abordar traficantes e usuários.
Um grande contingente de agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana) continuava na praça Princesa Isabel para impedir o retorno dos usuários de drogas e dos moradores de rua. Com isso, grupos pequenos, com até 20 pessoas, passaram a vagar por vários pontos da região.
Mesmo com o grande reforço policial que a cerca a praça, dez homens não se importaram permaneciam sob uma marquise de um estabelecimento na esquina das ruas Guaianases e Helvétia e alguns deles fumavam crack.
Cerca de 20 pessoas ocupavam, desde a tarde desta quarta, os dois lados do viaduto Engenheiro Orlando Murgel, que fica sobre a favela do Moinho. Por volta das 16h, mesmo com pedestres passando pelo local, um homem urinou na rua frente de todos. No mesmo momento, um homem fumava crack. À noite, um grupo ainda permanecia no mesmo ponto da passagem elevada.
Por volta das 20h, ainda foi possível notar pessoas consumindo crack na avenida Duque de Caxias na altura da rua Santa Ifigênia e na altura com a rua dos Andradas. Elas se abrigavam sob toldos para se protegerem da chuva.
Além de permanecerem na praça Princesa Isabel, as forças policiais também têm monitorado a área da antiga cracolândia, na própria praça Júlio Prestes e na alameda Dino Bueno. A reportagem viu um grupo de dez pessoas na rua Helvétia com Barão de Piracicaba, algumas usando droga.
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