Incêndio em prédio na região da 25 de março começou após explosão, diz polícia

Bombeiros diz ainda não ser possível dizer em que andar de prédio o fogo teve início

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São Paulo

O incêndio em um prédio na região da rua 25 de março, no centro de São Paulo, começou após uma explosão na altura do terceiro andar, segundo informações iniciais colhidas pela Polícia Civil.

O incêndio teve início por volta das 21h deste domingo (10) em um prédio comercial, de dez andares, no número 78 da rua Comendador Abdo Schahin.

O fogo se alastrou e atingiu outros imóveis do quarteirão: um na rua Cavalheiro Basílio Jafet; outro em que funciona a loja Matsumoto, na rua Barão de Duprat; e a Paróquia Ortodoxa Antioquina da Anunciação a Nossa Senhora, também na Cavalheiro Basílio Jafet.

Uma testemunha, que mora perto do local, disse a investigadores que ouviu uma explosão e, quando olhou pela janela, viu a fumaça saindo pelas janelas.

Incêndio na região da rua 25 de Março, no centro de São Paulo; ao menos três imóveis foram atingidos pelo fogo - Carla Carniel/Reuters

De acordo com Roberto Monteiro, delegado da 1ª Delegacia Seccional do Centro, quando bombeiros tentavam chegar ao interior do prédio, teria ocorrido uma nova explosão, ferindo dois integrantes da corporação.

Eles sofreram queimaduras de segundo grau —um deles teve 36% do corpo queimado. O estado de saúde deles é considerado estável.

O porta-voz do Corpo de Bombeiros, André Elias, afirma que ainda não é possível dizer em que andar o incêndio começou. "Trabalhamos com a hipótese de que foi nos andares inferiores, mas todos os andares foram atingidos."

O teto e a estrutura interna da loja Matsumoto desabaram.

Os bombeiros descartam o risco de desabamento dos outros imóveis atingidos pelas chamas e afirmam que o fogo está controlado. A expectativa, segundo o porta-voz da corporação, André Elias, é que os trabalhos se entendam até esta terça (12).

"Não há mais risco de propagação do fogo para outros edifícios ou lojas", diz.

Rogério Lin, superintendente da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), diz que todo prédio que passa por um incêndio corre risco de desabar. Ele explica que, neste caso, com as chamas contidas e a maior intensidade do incêndio já tendo passado, a chance de colapso da estrutura é menor, mas não chega a zero.

Após a extinção do incêndio e a conclusão do trabalho dos bombeiros, Lin afirma que será necessária uma avaliação da estrutura pela Defesa Civil para saber se é possível salvar o prédio e reformá-lo, ou se o edifício está condenado.

Se condenado, o edifício pode ser "desconstruído" andar por andar, do mais alto ao mais baixo, devido a sua proximidade com outros prédios e construções.

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