Bombeiros buscam ambientalista desaparecido na represa Billings, em SP

Polícia apura se Adolfo Souza Duarte, 41, caiu de barco que conduzia em passeio pela região na noite de segunda (1º)

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São Paulo

O Corpo de Bombeiros mantém duas equipes na busca pelo ambientalista Adolfo Souza Duarte, 41, conhecido como Ferrugem, desaparecido desde a noite de segunda (1º) na represa Billings, na região do Grajaú, zona sul de São Paulo.

Duarte é presidente da ONG Meninos da Billings, que, além de atuar em questões de preservação no entorno da represa, realiza passeios de barco pelo local.

Segundo o boletim de ocorrência, por volta das 19h30, Duarte abordou um grupo que estava em um bar nas margens da represa para divulgar o passeio.

Adolfo Duarte, 41, conhecido como Ferrugem, idealizador do projeto Meninos da Billings
Adolfo Duarte, 41, conhecido como Ferrugem, idealizador do projeto Meninos da Billings - Variart Fotografia/Divulgação

Segundo depoimentos do grupo, um dos amigos pagou R$ 55 para que todos pudessem ingressar na embarcação e percorrer parte da represa. Ao término do passeio, que teria durado cerca de 30 minutos, houve um solavanco, e Duarte e uma das passageiras caíram na água.

A mulher conseguiu ser resgatada pelos outros tripulantes da embarcação. Duarte, por sua vez, sumiu.

Um dos passageiros teria assumido o controle do barco, que estava a cerca de 20 metros do ponto onde haviam embarcado. Quando voltaram, pediram socorro aos frequentadores de um bar que conheciam Duarte.

O grupo diz ter sido agredido pelas pessoas do bar que estranharam a ausência do ambientalista. Uma das mulheres que estavam na embarcação disse para a Polícia Civil teve seu celular tomado no momento da confusão. Exames de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) apontaram lesões em parte do grupo.

Irmão do ambientalista, o comerciante Allan Marques, 31, diz que Duarte é experiente, graduado na Marinha, e que saberia nadar até uma margem. Por isso, ele diz não acreditar na versão de que houve um acidente.

"A suspeita é assassinato. É suspeita que a gente tem, porque nada justifica. Se ele tivesse caído, ele tinha voltado. Se fosse para socorrer alguém, ele teria jogado a boia e feito o procedimento de socorrista que ele sabe fazer, que não é pular atrás de uma pessoa. Ele não é nenhum amador", diz Marques.

Em depoimento ao 101º DP (Jardim das Imbuias), o grupo declarou não conhecer o ambientalista e que não teria motivos para agredi-lo.

A esposa do ativista, a cabeleireira Uiara Duarte, 39, também disse desconhecer possíveis ameaças contra o marido.

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