Descrição de chapéu Obituário Paulo Roberto da Cruz Portela (1954 - 2022)

Mortes: Era referência na Polícia Civil baiana

Paulo Roberto da Cruz Portela era apaixonado por investigação criminal

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Salvador

O baiano Paulo Roberto da Cruz Portela era apaixonado por três coisas na vida, além da família: a investigação criminal pela Polícia Civil —onde atuou por 44 anos—, assistir aos jogos do Esporte Clube Bahia e comer pratos como feijoada, rabada, moqueca.

Um dos filhos do casal Arlindo e Jaci, Portela, como era mais conhecido, nasceu na cidade de Valença, em 10 de setembro de 1954. Mas foi na capital baiana, Salvador, onde se estabeleceu, quando foi nomeado para o cargo de motorista na polícia, em 1978.

Naquele ano, começou a carreira pela Delegacia de Jogos e Costumes, onde, dois anos depois, foi promovido a agente de polícia.

Investigador Paulo Portela, ao lado do filho Pablo
Investigador Paulo Portela, ao lado do filho Pablo - Arquivo pessoal

Passou por diversas unidades, até se firmar na delegacia do Rio Vermelho. Nela, atuou por 13 anos como chefe do Serviço de Investigação.

Ali próximo, era cliente assíduo do Restaurante da Nalvinha, onde costumava se deliciar com pratos como feijoada, rabada e moquecas, conta o terceiro dos seis filhos, Pablo Portela. Também batia ponto no estádio em dias de jogos do Bahia, em Salvador.

Nos últimos três anos, estava lotado na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos, depois de ter sido afastado pelo Governo da Bahia, segundo o filho.

"Foi contra a vontade dele, porque ele amava a polícia, amava fazer parte do Serviço de Investigação", lembra ele. "A partir desse afastamento, a saúde dele começou a se deteriorar, teve infarto, ficou depressivo. Não foi mais o mesmo."

Nos últimos dois meses, chegou a ficar internado no Hospital Santa Izabel, em decorrência de complicações cardíacas, mas melhorou na segunda quinzena de agosto, o que rendeu transferência para a Fundação Baiana de Cardiologia.

"Ele apresentou uma melhora no quadro, foi transferido, passou a segunda metade do mês internado, mas não resistiu", lamentou o filho. Portela morreu aos 67 anos, na noite do último dia 2 de setembro, e foi sepultado no dia seguinte, no cemitério Bosque da Paz, em Salvador.

A morte do policial foi lamentada em nota pela delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, e pelo sindicato da categoria, que o considerava "um dos mais experientes investigadores do quadro, com diversos crimes elucidados".

Portela deixou a viúva Juliana, os filhos Alison, Pablo, Beatriz, Paulo e Isabela, além de quatro netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.