Com o apoio do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), a Polícia Federal realizou, nesta quarta-feira (12), uma operação em pontos do rio Madeira, nos estados do Amazonas e de Rondônia, para destruir balsas e dragas utilizadas no garimpo ilegal na região.
As operações na região têm sido frequentes na tentativa de frear a atuação ilegal de garimpeiros.
O rio Madeira fica na bacia do rio Amazonas, sendo um de seus mais importes afluentes, e banha os estados de Rondônia e do Amazonas.
"A ação busca desestruturar organizações criminosas que lucram causando imensos prejuízos ambientais com atividades ilegais de mineração, tais como a modificação do curso original do rio, a destruição da vegetação ribeirinha, a interrupção de canais d'água com a consequente morte da fauna e flora locais. Ainda, contaminação das águas e dos peixes por mercúrio causa sérios prejuízos não somente à natureza, mas, também, à saúde da população", disse a Polícia Federal em nota.
Segundo a corporação, na operação, nomeada Lex at Ordo (Lei e Ordem), o Ibama realizou uma fiscalização administrativa nas 81 embarcações que estavam estacionadas no leito do rio Madeira. Após a constatação do garimpo ilegal, tudo foi destruído com explosivos.
"É importante observar que as embarcações eram destinadas à prática de atividades ilegais de garimpo, acarretando prejuízos ao meio ambiente e à saúde da população, e havia impossibilidade fática de guarda, transporte ou apreensão do equipamento", destacou a PF.
Em 19 de setembro, operação da PF cumpriu 43 mandados de busca e apreensão e 18 mandados de prisão temporária e preventiva, em Rondônia, Amazonas, Acre, Pará, Mato Grosso e São Paulo, para desarticular uma organização criminosa que extraía ouro de forma ilegal nos rios de Rondônia e Amazonas e comercializava de forma ilegal, além de movimentar valores incompatíveis com a renda e patrimônio declarados.
No dia 4 de agosto, a corporação fez uma operação conjunta com o Ibama para interromper o garimpo de ouro na calha do Madeira, próximo ao município de Autazes, a 111 km de Manaus, no Amazonas. Na ocasião, foram destruídas 23 balsas e dragas utilizadas no garimpo ilegal.
À época, a PF disse que "toda a atividade de lavra de ouro no rio Madeira é ilegal e que, portanto, as ações objetivando a desintrusão dessa importante hidrovia federal continuarão a ser realizadas".
Em 20 de julho, em operação na região de Jutaí, no Amazonas, policiais cumpriram dez mandados de busca e apreensão contra membros de organização criminosa que prática de garimpo ilegal, corrupção ativa e passiva, crimes ambientais, segundo a PF. Na ocasião, balsas do garimpo ilegal também foram destruídas.
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