Dois homens são mortos a tiros em roubos em São Paulo em menos de 24 horas

Em um dos casos, vítima seguia para academia; polícia prendeu cinco suspeitos pelos dois crimes

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São Paulo

Dois homens foram mortos por criminosos, em situações distintas e em um intervalo de menos de 24 horas, em roubos seguidos de morte, na cidade de São Paulo.

A polícia prendeu os suspeitos de participarem dos dois assassinatos.

O caso mais recente ocorreu na manhã da última quarta-feira (18). Um homem de 32 anos foi baleado na rua Diamante, na Liberdade, centro da capital, por volta das 7h55.

Veículo Toyota Etios prata
Tiro disparado por ladrão acertou o próprio veículo que eles usaram para chagar ao local do roubo - Polícia Civil/Divulgação

O rapaz caminhava em direção a uma academia quando foi abordado por três homens, que chegaram em um Toyota Etios prata. Assim que desceram do veículo, eles roubaram a mochila que a vítima carregava.

Ao tentar reaver seus pertences, o rapaz reagiu, brigando com os criminosos. Segundo a Polícia Civil, ele foi baleado cinco vezes. Os tiros atingiram rosto, pescoço e tórax.

Socorrido pelo Corpo de Bombeiros, o rapaz chegou sem vida ao Hospital Ipiranga, na zona sul.

Com base em depoimentos e imagens de câmeras de segurança, policiais do 6° DP (Cambuci) identificaram três suspeitos de participarem do crime. Um deles foi preso: Jorciel Pires de Oliveira, 29, proprietário do veículo usado no roubo, foi reconhecido por testemunhas.

Segundo a polícia, os tiros que atingiram o rapaz foram disparados por Luis Fernando de Oliveira Silva, 32, que tem passagens por crimes patrimoniais e já estava foragido da Justiça.

A investigação ainda resultou na prisão de Alfredo Henrique de Araújo Campos, 21. De acordo com a polícia, ele não participou do roubo, mas estava com o celular da vítima. Ele confessou o crime e foi preso em flagrante por receptação.

O Toyota Etios usado no crime foi abandonado na rua Almirante Mauriti, na Sé. Policiais que estavam no local foram parados por uma pessoa que apontou Jorciel como o responsável pelo carro e disse que ele e mais duas pessoas haviam participado do crime.

Jorciel foi localizado na frente de sua casa, na rua Nioac, Sé.

A polícia também identificou que o veículo estava no nome de uma outra pessoa. O carro havia sido adquirido por Jorciel no final do ano passado, porém, devido a pendências com o antigo proprietário, a transferência ainda não havia sido realizada.

No automóvel foi localizado a mochila da vítima. No veículo, também estavam duas ataduras, um par de luvas de boxe, um boné preto, três jaquetas de cor preta e um par de luvas que evitam impressões digitais.

Na delegacia, conforme o boletim de ocorrência, Jorciel confessou o crime. Depois, disse que não queria mais dar informações sobre o que ocorreu.

Em seu depoimento, Alfredo afirmou que pretendia vender o Iphone 14 da vítima. Ele acrescentou que costuma vender celulares roubados para haitianos na região central.

A Polícia Civil não disse se os presos têm advogados.

O segundo caso de latrocínio ocorreu na tarde terça-feira (17). Um homem de 71 anos foi baleado durante um roubo na altura do número 4.800 da avenida Nove de Julho, no Jardim Paulista, zona oeste da capital.

A vítima chegou a ser levada ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos.

A PM prendeu em flagrante três homens, com idades entre 19 e 20 anos. Um dos suspeitos foi preso dentro de um ônibus. Com ele foi encontrado um revólver calibre 32. Outros dois fugiram em uma motocicleta. Eles foram abordados na avenida Luiz Gushiken, no Jardim São Luís, zona sul.

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), o trio confessou a participação no crime. A ocorrência foi registrada como latrocínio pelo 14º DP.

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