Descrição de chapéu Obituário João Octaviano Machado Neto (1958 - 2023)

Mortes: Engenheiro dedicado à causa pública, era fã de livros e gastronomia

João Octaviano Machado Neto construiu sua trajetória em órgãos públicos municipais e estaduais

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São Paulo

Organização, cuidado e integridade. Essas palavras retrataram o sentido da vida pública e pessoal de João Octaviano Machado Neto. "Ele levou o olhar do gestor público para dentro de casa", diz o empresário Marcelo André Machado, 32, um dos filhos.

Engenheiro civil formado pela Escola de Engenharia Mauá, João Octaviano fez carreira na administração pública. Atuou em transporte urbano, logística, habitação e novas tecnologias.

No último cargo, foi secretário estadual de Logística e Transportes de São Paulo, nos governos João Doria e Rodrigo Garcia (2019 a 2022).

João Octaviano Machado Neto no Segundo Fórum de Segurança no Trânsito, promovido pela Folha
João Octaviano Machado Neto no Segundo Fórum de Segurança no Trânsito, promovido pela Folha - Reinaldo Canato - 11.jun.2018/Folhapress

Doria lamentou a morte de João Octaviano. "Um guerreiro que ficou à frente da Secretaria de Transportes durante nossa gestão na Prefeitura e no Governo de SP. Dentre tantos feitos, deixa como legado a duplicação da Tamoios", escreveu em suas redes sociais.

O ex-governador Rodrigo Garcia também se manifestou. "Sorriso largo. Solidário aos amigos. Hoje, perdemos João Octaviano, engenheiro dedicado à causa pública. Lutou muito pela vida. Descanse em paz, meu amigo."

João Octaviano dedicou-se à gestão da Logística e Transportes até 27 de dezembro, o último dia de trabalho. Quase um mês depois, no dia 22 de janeiro, morreu de falência de múltiplos órgãos. Tinha 64 anos e tratava um câncer desde os 60.

No currículo constam outras passagens importantes. Esteve na presidência da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), em 2017, e como secretário municipal de Mobilidade e Transportes até o final de 2018.

João Octaviano ocupou a secretaria executiva do Programa de Parceria Público-Privada para a Habitação e duas vezes a presidência da Prodam, empresa de tecnologia do estado.

O engenheiro também presidiu a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente).

Na área acadêmica, lecionou planejamento urbano, tecnologia da informação e gerenciamento de crises na Escola de Engenharia Mauá, a mesma que se formou.

João Octaviano nasceu na capital paulista. Na infância, ia com frequência ao Jardim Suarão, em Itanhaém (a 106 km de São Paulo). Cresceu apaixonado por esportes. Era faixa preta de caratê e tinha o coração preto e branco, como todo corintiano.

Desde 1984 estava casado com a administradora de empresas Clarice Farah André Machado.

A casa cheia de familiares e amigos o fazia feliz. Fã de uísque e de gastronomia, dominava a cozinha e esbanjava talento. Arroz de polvo e fettuccine com ragu de calabresa eram duas de suas especialidades.

Nas horas livres, também viajava nos livros. Tornou-se um aficionado pela história das guerras, principalmente da Segunda Guerra Mundial.

"A família, a vida pública e o trabalho foram as grandes engrenagens da vida do meu pai. O legado que ele deixou nos orgulha e acalenta. Íntegro ao longo da vida, ele sempre achava solução para tudo, sabia o caminho e onde queria chegar. Meu pai cumpriu uma missão bonita. Tocou e mudou a vida de muita gente", afirma Marcelo.

João Octaviano Machado Neto deixou a mulher, três filhos, um genro, uma nora, duas netas e um irmão.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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