Descrição de chapéu Alalaô Rio de Janeiro

Monobloco fecha o Carnaval do Rio com hits e reciclagem de fantasia

Último megabloco a desfilar na cidade tem homenagem ao Cacique de Ramos

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Rio de Janeiro

Último megabloco a desfilar no carnaval do Rio de Janeiro, o Monobloco levou uma multidão ao centro do Rio de Janeiro neste domingo (26) A apresentação teve homenagens ao Cacique de Ramos, um dos mais tradicionais blocos do Rio, e à cantora Preta Gil.

Criado há 23 anos por músicos da banda Pedro Luís e a Parede, o Monobloco iniciou sua apresentação com um discurso sobre a influência de terreiros, escolas de samba e de blocos tradicionais da cidade, como o Cordão do Bola Preta.

E fizeram questão de destacar o Cacique de Ramos, que completou 60 anos em 2021, em meio à pandemia. Dentro do cordão de isolamento do bloco, havia um estandarte comemorativo e integrantes com fantasias do Cacique.

dupla fantasiada em carnaval de rua
Naná Nascimento e Gilson Silva com fantasias recicladas de desfiles na Sapucaí: "Carnaval para sempre" - Nicola Pamplona/Folhapress

O megabloco desfilou por mais de 3h no centro da cidade, tocando alguns temas carnavalescos e muitos figurões da música popular brasileira, como Tim Maia, Lulu Santos, Skank, O Rappa, Belchior e até o novíssimo hit do Carnaval, "Zona de Perigo", de Léo Santana.

"A gente vem de dois anos de pandemia. É hora de extravasar" disse o ator e jornalista Naná Nascimento, 57, em uma fantasia colorida que recicla adereços usados em seus desfiles no sambódromo da Marquês de Sapucaí.

Com o amigo Gilson Silva, 61, ele desfilou em cinco escolas em 2023. Para o Monobloco, escolheram como base a fantasia da Unidos da Ponte, que homenageou Mãe Meninazinha de Oxum. Mas incluíram acessórios de outros carnavais e até recolhidos no chão após desfiles de outras escolas.

"Sempre que vejo algo que pode virar fantasia, pego", conta Silva. "Como tem uma temática africana, chamamos a fantasia deste ano de Wakanda Forever. É o Carnaval para sempre", diz Nascimento.

Os amigos Fábio Pedro, 45, e Eduardo Wilson, 44, já desfilam no bloco há 14 anos. Marcos Fernandes, 36, se juntou ao grupo há sete. Os três estavam vestidos de padres, fantasia que costumam repetir durante todo o Carnaval.

"A gente queria uma fantasia que facilitasse a comunicação com outras pessoas que estão no bloco", justifica Fábio.

No meio da apresentação, antes de puxar a música tema do bloco, Pedro Luís fez uma homenagem à cantora Preta Gil, que cancelou sua participação no Carnaval deste ano para tratar de um câncer. Preta também comanda um megabloco que desfila pelo mesmo circuito do Monobloco.

foliões vestidos de padre com batina preta, usam chapéu e adorno brancos
Fabio Pedro, Eduardo Wilson e Marcos Fernandes vestidos de padre para "se comunicar" com outros foliões - Nicola Pamplona/Folhapress

O circuito dos megablocos pela Avenida Presidente Antônio Carlos conta com um esquema de segurança com detector de metais e revistas a bolsas e caixas térmicas.

Neste domingo, a Polícia Militar chegou a apreender um punhal, além de facas, tesouras e estiletes. Ainda não há um balanço sobre o número de itens apreendidos.

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