Descrição de chapéu Obituário Cleano César Veras (1940 - 2023)

Mortes: Encantou-se pelo futebol de Pelé e virou santista

Fanático pelo Santos Futebol Clube, Cleano César Veras era sócio-torcedor desde 1965

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São Paulo

Os gols e dribles do Rei Pelé encantaram o piauiense de Teresina Cleano César Veras. Foi a motivação para tornar-se sócio-torcedor do Santos, em 1965.

"Na juventude, ele viu o Pelé fazer muitos gols e se apaixonou pelo time", diz o professor de educação física Daniel Rodrigo Pereira Veras, 42, seu filho.

Cleano acompanhava os jogos, de casa ou do estádio. Um deles foi especial e ganhou um toque da arte que dominava: o desenho.

Cleano César Veras (1940-2023) e o filho Daniel
Cleano César Veras (1940-2023) e o filho Daniel - Arquivo pessoal

Torcedor fervoroso, Cleano desenhou e pintou a imagem de Pelé numa camisa e, em 1969, quando foi ao jogo entre Brasil e Paraguai pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 1970 (México), a entregou a Carlos Alberto Torres (1944-2016), capitão do time na época. A peça voltou para as suas mãos, autografada por toda a seleção.

Segundo Daniel, o pai fez vários cursos na Escola Panamericana de Artes. Dentro do campo artístico, na música, outra paixão do santista foi a cantora Elis Regina.

Cleano era o segundo filho mais velho do segundo casamento do caixeiro-viajante José de Oliveira Veras, no caso, com a dona de casa Raimunda Figueiredo Veras.

Com a morte do pai, no início da década de 1960, Cleano mudou-se com a família para São Paulo. Conseguiu emprego no departamento pessoal da siderúrgica Aliperti. Permaneceu nela até o final dos anos 1970 e chegou a chefe do setor.

Em seguida, ele aceitou convite para trabalhar numa farmacêutica em Itajaí (SC), experiência que fracassou pouco tempo depois e o trouxe de volta à capital paulista, onde conquistou novo emprego na área de departamento pessoal e ficou até se aposentar.

No período, já morava junto com Maria Teresinha de Souza Pereira, hoje com 76 anos.

Cleano foi o grande companheiro do filho Daniel. Passou a ele o gosto pelo esporte e o incentivou a praticá-lo.

"Meu pai era um homem pacato, conservador e tradicional. Todo dia, eu e ele tomávamos café na casa da minha avó. Ele me deixava na escola e ia trabalhar. Ele assistia aos jogos de futsal e de handebol que eu participava e levava meus amigos em seu carro. Era o torcedor símbolo da escola ou do clube", conta Daniel.

"Ele foi uma pessoa muito boa, sempre pronto a ajudar. Deixava de fazer as suas coisas em prol dos outros e era muito próximo da família. Acho que esse é o grande legado dele", diz Daniel.

Cleano morreu no dia 10 de fevereiro, aos 82 anos, em decorrência de uma pneumonia. Deixa a mulher, um filho, uma nora, uma neta e irmãos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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