Suspeito de assassinar Pedrinho Matador utilizava máscara do Coringa, diz testemunha

Um dos maiores serial killers brasileiros foi morto neste domingo (5); segundo relato, ele foi baleado e degolado

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Um dos suspeitos de assassinar Pedro Rodrigues Filho, 68, conhecido como Pedrinho Matador, utilizava uma máscara do Coringa no momento do crime. A informação foi dada à Polícia Militar por uma das testemunhas e registrada no boletim de ocorrência.

De acordo com o documento, a pessoa mascarada também degolou a vítima. Em cena do filme "Coringa", lançado no Brasil em outubro de 2019, o personagem principal, interpretado por Joaquin Phoenix, degola uma pessoa.

Responsável por mais de cem assassinatos e considerado o maior serial killer brasileiro, Pedrinho Matador foi morto na manhã deste domingo (5) na rua José Rodrigues da Costa, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.

O serial killer Pedro Rodrigues Filho, conhecido como Pedrinho Matador - Robson Ventura - 08.dez.2018/Folhapress

Segundo os investigadores, ele foi baleado por volta das 10h em frente à casa de uma irmã e depois degolado.

Um veículo preto que estaria envolvido no transporte dos suspeitos foi localizado. O caso está sendo investigado como homicídio qualificado.

Pedrinho matador passou 42 preso e foi solto em 2018. Desde então, vivia em Itanhaém, no litoral sul de São Paulo, enquanto parte de seus tinha familiares morava em Mogi das Cruzes.

Após deixar a prisão, ele passou a atuar como youtuber, principalmente comentando crimes de grande repercussão e mostrando sua nova rotina. Somente no Kwai, uma plataforma de vídeos curtos, o seu perfil (Pedrinho Ex-matador) tem 236 mil seguidores.

Em entrevista à Folha sete meses após deixar a prisão, Pedrinho alertou os mais novos sobre os riscos da vida bandida. "O crime não é brincadeira. Muitos estão entrando por verem os galhos [fama e dinheiro], não a raiz [prisão e morte]. É como o diabo: dá com uma mão e tira com a outra. Tem muitos jovens que entram e, quando querem sair, já é tarde demais", disse.

O matador dizia se sentir envergonhado quando era reconhecido nas ruas. "Até corro, me escondo. A pessoa chega e diz ‘eu te conheço de algum lugar’. Falo ‘eu não, você está enganado’. Mas alguns são cara dura e chegam, daí tiram foto", afirmou. O assédio, entretanto, não o incomodava por completo. "Eu me sinto feliz porque as pessoas vão aprender um pouco sobre o que elas não sabem."

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.