Descrição de chapéu Obituário Laerte Vieira da Cunha (1931 - 2023)

Mortes: Cônego dedicou 77 anos de sua vida à igreja e à música

Laerte Vieira da Cunha iniciou sua trajetória religiosa aos 14 anos e celebrou sua última missa quatro dias antes de morrer

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São Paulo

Nascido na Mooca, na zona leste da capital paulista, em 1931, Laerte Vieira da Cunha sempre esteve ligado à Igreja Católica. Quando menino, acompanhava os pais à missa na paróquia São Rafael, onde se tornou coroinha. E, aos 14 anos, incentivado pelo pai, Benedito, entrou no Seminário Menor Arquidiocesano, em Pirapora de Bom Jesus (a 66 km de São Paulo), dando início a 77 anos de vida religiosa.

Foi ordenado sacerdote 16 anos depois, em 3 de dezembro de 1961, na paróquia Imaculada Conceição, à época capela do Seminário Central do Ipiranga, na zona sul. A partir de então, atuou como professor no seminário, pároco e vigário paroquial em diversas paróquias. Por mais de duas décadas, foi vice-chanceler do Arcebispado de São Paulo na Curia Metropolitana, tratando dos assuntos da igreja.

Laerte Vieira da Cunha (1931 - 2023)
Laerte Vieira da Cunha (1931 - 2023) - Reprodução/Facebook

Outra paixão aprendida com o pai foi a música. "Laerte foi maestro e professor de música e de canto no seminário por muitos anos. Esse era o forte dele", conta a única irmã, Bernadete Vieira, 87, lembrando que ele era maestro do grupo musical do seminário. "Ele tocava violino, violão, órgão e outros instrumentos de sopro."

Seu último trabalho pastoral foi como vigário paroquial na paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, no Jaçanã, zona norte da cidade, onde auxiliava o pároco e celebrava algumas missas. Além de participar ativamente das canções durante a celebração, com sua potente voz, ele também fazia questão de explicar detalhadamente aos paroquianos as doutrinas católicas, principalmente durante as homilias.

"Laerte sempre foi da igreja. Foi um padre de excelência e se ordenou em 1961 para viver para a igreja. Ele celebrou missa até sexta-feira antes de morrer", diz a irmã, recordando da luta do cônego contra enfermidades nos últimos anos.

Nos anos 1980, ele foi diagnosticado com câncer de próstata. Após tratamento quimioterápico, os médicos deram alta depois de cinco anos de remissão da doença. Anos mais tarde, surgiu um tumor no pé que o obrigou a tirar cirurgicamente parte de um dedo. E, no fim de 2019, foi diagnosticado com linfoma, o câncer no sistema linfático, do qual desde então vinha se tratando em sessões de quimioterapia.

O cônego Laerte morreu no último dia 26 de abril, aos 91 anos de idade, no hospital Nipo-Brasileiro, onde estava internado, e foi sepultado no cemitério do Santíssimo Sacramento, no Sumaré, na zona oeste da capital. Deixa a irmã, Bernadete.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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