Descrição de chapéu Obituário Cid Gomes (1929 - 2023)

Mortes: Pneumologista, atuou no combate à tuberculose e à poliomielite

Cid Gomes foi pesquisador, gestor, médico voluntário e do esporte em Santa Catarina

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Curitiba

A carreira de Cid Gomes soma quase 70 anos dedicados à medicina. Renomado pneumologista, ele teve papel importante no combate à tuberculose no Brasil, nas décadas de 1950 e 1960, e à poliomielite, nos anos 1980.

Membro da Associação de Combate à Tuberculose em Santa Catarina, o médico acompanhou a visita do cientista Albert Sabin ao estado para também orientar e estabelecer critérios de combate à doença.

Em 1990, passou a atender pacientes com HIV e tornou-se membro pesquisador do Conselho Nacional de Saúde.

Cid Gomes (1929 - 2023)
Cid Gomes (1929 - 2023) - Rubens Flôres/Simesc

Foi pesquisador e docente da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), gestor e médico do esporte, com passagem pelo Avaí Futebol Clube, e um dos sócios fundadores da Associação Catarinense de Pneumologia e Tisiologia (Acapti).

"Médico, pesquisador científico, gestor e exemplo de solidariedade", publicou a UFSC, em nota de pesar.

Na cidade catarinense de Itajaí, foi diretor do Centro de Saúde e um dos primeiros médicos do Hospital Marieta Konder Bornhausen.

Em Florianópolis, foi professor do curso de medicina da UFSC, diretor da Vigilância Epidemiológica e do Hospital Nereu Ramos.

Foi ainda superintendente do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) e secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Saúde.

A UFSC destacou que Cid era leitor voraz e viajou o mundo incansavelmente em busca de novos conhecimentos para repassá-los, lembrando as "incontáveis participações em cursos e congressos".

A Associação Catarinense de Medicina emitiu nota ressaltando a importante atuação do médico. "Era imensamente respeitado pelo seu profissionalismo e querido por todos."

O neto Thor Gomes Schimit conta que Cid trabalhou até os 85 anos, participando de congressos, sendo inspiração para ele, seu pai e sua tia, todos médicos. "O registro dele é tão antigo que tem apenas dois dígitos: 80", afirma. "Também era muito respeitado na maçonaria, sobre a qual era bastante reservado."

A filha Andressa Gomes, que também é médica, aponta que o pesquisador sempre se baseou em evidências científicas. "Estudou muito, publicou muito e teve anos dedicados à saúde pública."

Segundo a filha, o pai era uma pessoa de falar pouco, mas com senso de humor incomparável, muito sagaz, sereno e empático. "Enfrentou todas as dificuldades da vida com muita sabedoria e era nosso conselheiro."

O pneumologista morreu em 1º de maio, de problemas relacionados a uma doença rara, amiloidose. Ele deixa sete filhas, 11 netos, 15 bisnetos e um legado para a pneumologia brasileira.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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